O mundo nas mãos de uma criança seria tão mais seguro!



Às vezes queremos tanto, tanto conseguir um dia relembrar momentos tão doces, tão únicos que não sabemos como o fazer!
Cada um de nós tem uma estratégia... A minha, aquela que me chama o coração, é a escrita!
Não sei como o justificar, mas é apenas ao escrever que me sinto realmente a guardar momentos comigo. A esculpir pessoas dentro de mim, a gravar os seus nomes e o significado que têm  em cada uma das gavetinhas do meu miocárdio! A pintar (c)idades com palavras e a escrever Mondegos em linhas rectas! A chover emoções e a nevar tradições! É uma sensação incrível poder dizer que uma família não tem de ser de sangue! E é incrível porque posso dizê-lo e senti-lo. É fantástico poder dizer que temos alguém que nos ouve, que nos olha, que nos sorri e que nos abraça com a força de uma vida! O poder das palavras e de tantos gestos e atitudes é incomensurável. E há tão poucos a dar-lhe o devido valor...

As crianças adoram miminhos e pedem-nos sem qualquer tipo de «preconceito»! Mas nós, com a excessiva carga de pensamentos, esquecemos a que é necessidade básica de um coração que bate - conforto de contacto... (Já ouviram falar das experiências de Harlow com macacos Rhesus?).
Esta necessidade de afecto é fundamental para a criação de laços. Somos feitos de carne, não de ferro e de vidro, e esquecer isto é meio caminho andado para o cinzento da solidão! Devíamos deixar a cor dos miminhos visitar aquele que nos bombeia o sangue! Porque os miminhos, tenhamos a idade que tivermos, são sempre saborosos! Pareço uma criança a escrever? É muito provável, porque agora não sou eu que escrevo, é a criança que há em mim que controla os meus dedos!
E é por isto que penso que o mundo nas mãos de uma criança seria tão mais seguro!
Há momentos em que todos nós desejávamos voltar a ser crianças! Porque será?

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