Imagem feita por mim no Canva. |
Tal como a Andreia d'As gavetas da minha casa encantada decidi, em jeito de despedida de 2017, um ano tão bem preenchido, fazer uma publicação que reunisse aquilo que mais gostei de escrever ao longo deste meio ano no Bem-Me-Quer, pois o blogue nasceu em Julho! É uma boa forma de reviver esses momentos e de partilhar convosco as minhas preferências! Foi uma escolha difícil porque não tenho assim tantas publicações por onde escolher, mas penso que valerá a pena esta selecção!
Não realizo publicações diárias, mas espero um dia vir a fazê-lo. Pela dimensão do blogue, que ainda é pequenina, dedico-me mais a perceber como funcionam determinados detalhes e como posso acrescentar algo ao blogue, de maneira a torná-lo mais NOSSO, mais apelativo a quem o lê, tudo isto para ir crescendo, aos bocadinhos.
Não realizo publicações diárias, mas espero um dia vir a fazê-lo. Pela dimensão do blogue, que ainda é pequenina, dedico-me mais a perceber como funcionam determinados detalhes e como posso acrescentar algo ao blogue, de maneira a torná-lo mais NOSSO, mais apelativo a quem o lê, tudo isto para ir crescendo, aos bocadinhos.
Espero que gostem.
As publicações estão por ordem cronológica.
1. BEM-ME-QUER
O nascimento, as boas-vindas ao meu novo espaço.
Pode parecer uma coisa muito simples, mas foi necessário algum tempo para assimilar uma mudança e assumir um compromisso com o novo blogue, o Bem-Me-Quer, e deixar para trás tudo o que o Aguarela (o meu primeiro blogue) significava para mim. Sinto que cresci e aprendi com o Aguarela, mas, por diversas razões sentia que não fazia sentido continuar com aquele espaço. Acontece que fiz uma longa pausa por aqui na blogosfera para me tentar recompor e, após tanto tempo ausente, decidi encerrar aquele capítulo e começar algo novo! Até hoje sinto que foi o melhor a fazer e estou muito grata por VOS TER desse lado! Cada um de nós tem um cantinho, muito nosso, e é sempre bom termos feedback daquilo que fazemos! O Bem-Me-Quer surgiu após muito tempo de reflexão e aqui está ele, com quase 6 mesinhos! Espero continuar a ter a inspiração para partilhar convosco as palavras e as experiências que vou tendo. Espero igualmente que gostem deste meu cantinho e do que ele contém.
Também a pensar em partilhar com quem tem dúvidas em entrar para uma Tuna... Nunca é tarde! Entrem o mais cedo possível porque vão aumentar a vossa caixinha de memórias académicas! É realmente uma experiência que vale a pena viver! Foi das melhores escolhas que fiz enquanto estudante de Coimbra e enquanto pessoa!
Lembro-me deste dia como se tivesse sido ontem! Aquela vontade de conhecer o Porto. Há tantos anos que desejava visitar a Invicta e finalmente dali a umas horas encontrar-me-ia no coração histórico da cidade!
Acreditem que foi das melhores sensações de sempre. Esperar tanto por este momento e finalmente vê-lo a acontecer. Sentir os pés a aterrarem na Estação de São Bento foi mágico para mim. Ao longo dos três dias, que me pareceram tão curtos por querer conhecer mais e tão longos por me fazerem tão bem à alma, conheci uma cidade completamente nova e cheia de vida. Sempre me senti uma miúda com vontade de conhecer mais, mas nem sempre nos é possível fazer certas viagens, por variados motivos. E este ano foi um ano de descoberta para mim. De descoberta do mundo e de mim!
Mal sabia eu que voltaria para um estágio curricular e que teria muito mais tempo para contemplar a sua beleza! A despedida rasgou-me o coração pois não sabia qual seria a próxima visita. E eis que o mês de Novembro, quase duas estações mais tarde, me traz uma surpresa: estágio curricular do 1º semestre no Porto! Se já gostava desta cidade, com quase 3 meses de estadia fiquei completamente rendida e decidida a voltar as vezes que forem necessárias para me renovar quando precisar de novos ares.
Após o meu estágio em contexto de clínica privada, onde aprendi diversas coisas, fiquei com uma certeza que antes não tinha. É isto que quero fazer! Quero ajudar quem, de alguma forma, viu a sua vida mudada, numa questão de segundos. Ajudá-las é uma bênção. Tal como uma amiga (que está em Enfermagem) diz... poucas são as profissões que têm a possibilidade e o privilégio de intervir neste campo, de ajudar alguém que perdeu as capacidades que lhe permitiam ter uma vida (dita pela sociedade) normal, comum. Ajudar, através de um olhar em que vemos as potencialidades da pessoa em questão, e desenvolvê-las. Porque (in)capacidade são palavras muito fortes e nem todos sabem o seu verdadeiro significado.
Mais um local novo para mim.
Mesmo junto ao Cabo da Roca «Onde a terra se acaba/E o mar começa», segundo o nosso grande poeta, fica este pequeno paraíso, de acesso não muito fácil, mas que merece a pena ser conhecido. Tive a sorte de aparecer num dia bem solarengo, onde o azul da água do mar e a espuma das ondas me faziam lembrar os poemas de Sophia relativos ao Mar, este belo presente de Deus para o Mundo!
8. DANÇA COMIGO
Nunca pensei que dançar me trouxesse um sentimento tão completo e tão difícil de definir.
A vontade de ter continuado a dançar e a impossibilidade racional de o fazer puxou-me para escrever este texto. E eis que encontro uma fotografia que aparenta (para mim) retratar tanto. O toque, os gestos ali captados, a respiração suspensa naquele instante. O olhar perdido no momento e a plenitude desse momento numa só imagem!
Um passo dado no caminho do Bem-Me-Quer - melhorar a comunicação entre mim e vocês. Por ser uma rede social tão conhecida, usada e tão fácil de gerir, foi a primeira forma de «sair» do Blogger, para levar o Bem-Me-Quer para outros lados. O Blogger será sempre o berço, o lar do Bem-Me-Quer. As restantes páginas associadas surgem com a necessidade de fazê-lo crescer e dá-lo a conhecer mais facilmente ao mundo!
10. FAVICON
Com o passar do tempo vou sentindo necessidade de ir tornando o Bem-Me-Quer um espaço cada vez mais meu, mais parecido com a minha personalidade. E é bom dar um ar fresco e novo de quando em quando ao nosso espaço. Com a ajuda do meu irmão surgiu então o primeiro Favicon.
A curiosidade e paixão pela Música parece-me a mim infinita e há uns tempos decidi investigar mais sobre o Ukulele. Já conheciam? Nunca ouviram falar?
Fiquei tão rendida que este Natal foi o melhor presente. Tem um som tão doce, tão suave e meigo que seduz qualquer um numa tarde com amigos!
Talvez a publicação mais curta do blogue, mas com um enorme significado - a primeira noite e o primeiro amanhecer no Porto, naquela que viria a ser a minha casa durante 2 meses. Estava tão concentrada noutros pormenores, que mal me lembrei que estava mesmo junto ao mar. Mas ao amanhecer, as gaivotas, o piar das gaivotas, imediatamente me fez cair na realidade. O Porto e o Mar mesmo ali, junto a mim!
Juntando duas coisas boas: Tuna(s) e Porto. O Festival organizado pela TAOD (Tuna Académica de Oliveira do Douro) foi muito bom! Não só por ser em Oliveira do Douro, mesmo ali ao lado de onde estava então a viver, mas pelo facto de ter estado ausente da Tuna umas semanas e já sentir saudades daquele ambiente. Rever as pessoas, reviver a música, ir a palco e conviver numa noite bem passada estava a fazer-me falta naqueles dias mais pesados no estágio, em que lidei com algumas perdas que me afectaram de certa forma.
14. DENTRO DO MEU PEITO
Porque um irmão é um irmão para sempre. Que continues a crescer! Eu vou estar sempre aqui!
Porque um irmão é um irmão para sempre. Que continues a crescer! Eu vou estar sempre aqui!
15. I - AÇORES: SÃO MIGUEL - NO AR
Um misto de emoções! O sair do continente. O levantar voo pela primeira vez. O conhecer os Açores, um destino tão esperado e tão bonito! Tudo isto fez com que esta pequena viagem se tornasse grande, gigante! Uma aventura que me enriqueceu mais um pouquinho e que me fez querer viajar ainda mais! Será um local que guardarei para sempre comigo!
Um misto de emoções! O sair do continente. O levantar voo pela primeira vez. O conhecer os Açores, um destino tão esperado e tão bonito! Tudo isto fez com que esta pequena viagem se tornasse grande, gigante! Uma aventura que me enriqueceu mais um pouquinho e que me fez querer viajar ainda mais! Será um local que guardarei para sempre comigo!
16. II - AÇORES: SÃO MIGUEL - EM TERRA
A continuação da aventura. Mais um pequeno relato daquilo que experienciei e daquilo que quero relembrar o resto da vida. São Miguel nunca será esquecido! Não faço promessas que sei que posso não vir a conseguir cumprir e não prometi voltar (por não saber a possibilidade de o fazer no futuro). Mas desejei-o! Desejei fazê-lo do fundo do coração. E se o puder fazer, tenho a certeza que o farei!
A continuação da aventura. Mais um pequeno relato daquilo que experienciei e daquilo que quero relembrar o resto da vida. São Miguel nunca será esquecido! Não faço promessas que sei que posso não vir a conseguir cumprir e não prometi voltar (por não saber a possibilidade de o fazer no futuro). Mas desejei-o! Desejei fazê-lo do fundo do coração. E se o puder fazer, tenho a certeza que o farei!
17. O ABRAÇO DE DEZEMBRO
O regresso a casa, após 3 meses sem o fazer. O regresso às minhas origens, à família, às minhas coisinhas! O sentir novamente o ambiente natalício, mas em casa. A minha lareira acesa. O meu sofá. As minhas mantas. Os meus livros, os meus cadernos, a minha escrita. A minha casa. Os meus mini passeios que sabem a Natal. Tudo isto me leva a sentir um abraço de coisinhas quentes que fazem parte de mim e me fazem feliz.
Qual foi a publicação que mais gostaram de ler?
Esta publicação foi talvez a que mais demorei a escrever, mas o resultado é estar a sorrir! Reviver estes momentos e poder partilhar as experiências deixa-me feliz!
Espero que tenham gostado!
O regresso a casa, após 3 meses sem o fazer. O regresso às minhas origens, à família, às minhas coisinhas! O sentir novamente o ambiente natalício, mas em casa. A minha lareira acesa. O meu sofá. As minhas mantas. Os meus livros, os meus cadernos, a minha escrita. A minha casa. Os meus mini passeios que sabem a Natal. Tudo isto me leva a sentir um abraço de coisinhas quentes que fazem parte de mim e me fazem feliz.
Qual foi a publicação que mais gostaram de ler?
Esta publicação foi talvez a que mais demorei a escrever, mas o resultado é estar a sorrir! Reviver estes momentos e poder partilhar as experiências deixa-me feliz!
Espero que tenham gostado!
Imagem feita por mim no Canva. |
2017 foi um ano diferente e muito bom. Fiz muitas coisas pela primeira vez! Foi um ano cheio de experiências. Ganhei muito traquejo nos mais variados assuntos e isso ajudou-me a acreditar um pouquinho mais em mim. A confiar nas minhas capacidades e a limar algumas das muitas arestas que tenho de limar.
Aventurei-me na publicação de textos numa plataforma pública, na música e na organização de eventos. E parecendo pouquinho, foi muito para mim. Deu-me experiência, mas muito trabalho que valeu a pena. Nasceu o Bem-Me-Quer. Saí do continente, pondo os pés num avião e foi a melhor sensação de liberdade até hoje. Conheci lugares que ansiava há muito conhecer e acredito que o mundo tem muito para nos dar se trabalharmos em sintonia! E tudo isto porque quis, escolhi, aceitei e trabalhei para tal. Nada me caiu aos pés. Foi trabalhoso, cansativo? Foi! Mas foi bom, muito bom! E, apesar de tudo, faria tudo outra vez para viver o que vivi este ano.
Imagem da própria Tag. |
Em primeiro lugar, pedir desculpa pelo atraso desta Tag! Já há alguns dias que fui nomeada e nunca tive tempo de a fazer! Depois, agradecer! Obrigada, Andreias do blogue Uma Andreia nunca vem só por me enviarem este desafio.
Como a época natalícia não terminou ainda, deixo esta TAG em jeito de despedida para de seguida dar as boas-vindas a 2018!
Vamos a isto?
1. Qual é o teu filme de Natal preferido?
Para além do clássico «Sozinho em Casa» que já vemos todos os anos a passar na televisão, gosto muito d'«A Estrela de Natal» que estreou este ano no cinema e adorei. É de animação, mas retrata a história do nascimento do menino Jesus de uma forma diferente, mas ternurenta.
2. Onde costumas passar o Natal?
Depende. O local muda todos os anos, mas sempre com a família!
3. Qual é a tua música de Natal favorita?
Não é bem a minha música favorita, mas é a versão que mais me marcou este ano, pela originalidade e pelo talento destes 5 artistas. Está realmente muito giro e muito bem conseguido! E para além de dar vontade de começar a dançar, fica no ouvido, com um sabor a alegria.
4. Abres os presentes na véspera de Natal?
Sim.
5. Por que tradições estás mais ansiosa este Natal?
Ansiava simplesmente estar em família, algo que já não fazia há cerca de 3 meses por ser impossível geograficamente de o fazer!
6. Tens uma árvore de Natal verdadeira ou falsa?
Falsa.
7. Qual o teu doce/comida favorita no Natal?
Não tenho comida favorita no Natal.
8. Sê honesta: preferes dar ou receber presentes?
Dar. Sem dúvida. Porque o que recebo posso comprar mais tarde ou mais cedo, mas não vou negar... é claro que sabe bem receber um miminho! Quem não gosta?
9. Qual foi o melhor presente que recebeste?
Uma notícia. A notícia da vitória de uma amiga na luta contra o cancro!
10. Qual o teu lugar de sonho para visitar no Natal?
Em casa. Desde que esteja com a família. Todos os outros destinos do mundo quero muito conhecer, mas não no Natal. Para mim, esta época só faz sentido desta forma, mas nada contra quem não o faz desta forma, pois cada um tem as suas tradições.
11. Momento mais memorável das férias de Natal?
Não tenho propriamente um momento memorável. Apenas um conjunto de bons momentos e que não quero esquecer porque fazem parte de mim.
12. Como é que soubeste a verdade sobre o Pai Natal?
Sinceramente, não me recordo muito bem como.
13. És uma pro a embrulhar ou um fail completo?
Gosto das coisinhas bem feitas, mas não me considero uma expert. Apenas gostava de ter mais tempo para fazer aqueles embrulhos muito elaborados e fofinhos.
Os blogues a nomear:
Neste ponto, sigo a mesma linha de pensamento que tinha no meu blogue anterior, o Aguarela. Peço que, quem está a ler esta Tag, caso se sinta com vontade de responder, o pode fazer de livre vontade, isto é, sinta-se nomeado por mim :)
Espero que o vosso Natal tenha sido muito feliz e que 2018 vos chegue com boas notícias, sucesso e muitas felicidades!
O frio na rua, o casaco quente e o cachecol que nos agasalham, as iluminações de Natal da cidade, o fumo e aroma a castanhas, as montras verdes, vermelhas e luminosas, as músicas natalícias, as pessoas que sorriem de uma forma diferente e mais calorosa, o abraço de Dezembro aconchegante à nossa vida e o mundo a sorrir e a desejar que assim fosse o ano inteiro. Que todo o ano se desejasse realmente paz, saúde e amor a todos. Que nos lembrássemos de uma forma carinhosa, com um simples telefonema, de todos os nossos. Que não fosse só no Natal que a gente conseguisse arranjar um pretexto para estarmos juntos.
Infelizmente, há coisas que não dependem de nós.
Mas há detalhes que a nossa memória e a nossa boa vontade conseguem contornar, tornando a vida mais leve e com mais cor. Nesses pormenores, podemos fazer a diferença!
A todos vocês, que me estão a ler, um Natal muito feliz, passado com aqueles que são mais importantes para vós!
Feliz Natal 🎄
Açores, São Miguel, 2017. |
Se eu pudesse ser liberdade para te deixar voar, o seria também.
E se eu pudesse ser vida para te eternizar, rasgaria metade do meu coração, para assim o ser também, para que pudesses tu existir uma eternidade mais duradoura do que a minha.
Sinto uma saudade que já não se apaga mais. Nem com mais amor, nem com o tempo. Excepto se esse amor fosse o teu e se esse tempo fosse escrito contigo a meu lado. Sinto uma necessidade urgente de te ver, de te sentir, para saber que estás bem. Recordo os momentos que passámos juntos olhando para as nossas fotografias, passando os meus dedos cada vez mais corajosos nos nossos rostos, como que a acariciar um tempo que já não volta. É angustiante ter-te assim, longe de mim. Não poder ver-te, nem falar-te, nem sorrir-te, meu Deus, nem sorrir-te apenas!
Ai, se eu pudesse ser sorriso para trazer o teu de volta... correria a vida inteira para o ser!
Imagem feita por mim no site canva.com. |
Natal. Mais um que vai chegando com pezinhos de lã, com um frio sorrateiro mas logo, logo com um calor aconchegante.
Cada vez dou mais valor a esta altura do ano. É verdade que a família deve ser lembrada e cuidada o ano inteiro e que não é só no Natal que se deveria ter este «espírito», mas o estar verdadeiramente junto dela, cara a cara, coração com coração, num abraço apertado de saudade, tem um sabor completamente diferente. Até porque, reparem, isto é um privilégio que nem todos têm a sorte de ter no seu quotidiano!
Estudo fora de casa e já sinto aquela vontade de chegar para rever toda a gente que já não vejo há imenso tempo! Mano, pais, tios, primos, avós... E sei que os conseguirei ver a todos, e de uma só vez, pelo simples facto de ser Natal. Quando toda a gente pode e tem a oportunidade de estar reunida numa casa. Mais importante: numa mesa, numa refeição bonita, numa noite completa!
Com o passar do tempo (principalmente fora de casa) sinto na pele com cada vez mais entusiasmo o verdadeiro sentido que tem para mim o Natal!
Cada vez dou mais valor a esta altura do ano. É verdade que a família deve ser lembrada e cuidada o ano inteiro e que não é só no Natal que se deveria ter este «espírito», mas o estar verdadeiramente junto dela, cara a cara, coração com coração, num abraço apertado de saudade, tem um sabor completamente diferente. Até porque, reparem, isto é um privilégio que nem todos têm a sorte de ter no seu quotidiano!
Estudo fora de casa e já sinto aquela vontade de chegar para rever toda a gente que já não vejo há imenso tempo! Mano, pais, tios, primos, avós... E sei que os conseguirei ver a todos, e de uma só vez, pelo simples facto de ser Natal. Quando toda a gente pode e tem a oportunidade de estar reunida numa casa. Mais importante: numa mesa, numa refeição bonita, numa noite completa!
Com o passar do tempo (principalmente fora de casa) sinto na pele com cada vez mais entusiasmo o verdadeiro sentido que tem para mim o Natal!
Avenida dos Aliados, Porto. 2 de Dezembro de 2017. Fotografia tirada pelo meu irmão. |
O mês de Dezembro é uma época do ano que lembra e junta a família. O calor e conforto de quem mais amamos afasta o frio da estação de gelo.
Começamos a ver nas ruas as iluminações suaves e amarelinhas que nos deixam de olhos a brilhar de encanto. Ouvem-se músicas alegres e com sinos a tocar que nos despertam o espírito natalício. Ficamos quentinhos por dentro, mesmo com as mãos e a ponta do nariz a gelar. O sol frio começa a esconder-se e o vento mansinho levanta as folhas caídas, secas, castanhas e crepitantes e leva-as a passear pela calçada, descendo a rua sem destino.
Nas ruas da cidade, todo este ambiente, juntamente com o aroma a fumo, vindo das castanhas assadas embrulhadas em pacotinhos de folhas de jornal que aquecem as mãos dos transeuntes, faz do Outono e, não tarda muito, Inverno, estações mais acolhedoras.
Que Dezembro continue a ter a sua magia muito própria e que nos traga a todos saúde, paz e amor, que, apesar de parecer corriqueiro, é tudo o que precisamos de ter para sermos felizes.
Açores. Tu chegas e sentes que estás no teu país, fora do teu país. Sentes tudo diferente, mas tão estranhamente mais verde, mais sereno, mais calmo. Sentes a tua língua materna, o Português de Portugal, apesar da pronúncia açoriana linda, linda, linda (que me fez apaixonar ainda mais pelo povo doce que habita por ilhas simpáticas) que enriquece a nossa nação e relembra tempos em que fomos verdadeiramente grandes, destemidos, heróis! É impossível passar por São Miguel e não nos derretermos com um nativo.
Tu olhas para uma paisagem e acredita que a tua reacção mais espontânea será sorrir. Respirar aquele ar puro, límpido, fresco e são... e sorrir. Quando deres por ti, estarás em silêncio (mas num silêncio quente, que aconchega, que abraça), a observar todos os detalhes possíveis com os teus olhos mais atentos do que nunca, para conseguires mais tarde recordar e sentir um bocadinho daquilo que agora vives.
Dia 1:
As famosas Portas da Cidade de Ponta Delgada. |
Se forem aos Açores, provem a Kima de Maracujá. É um produto tradicional de lá e é um sumo de maracujá, um pouquinho doce e muito saboroso. |
Marina de Ponta Delgada. |
Outros locais e experiências que tivémos ainda:
- as lindas e doces plantações de ananás
- a Cratera das Furnas, onde almoçámos o tão famoso Cozido
- a água azeda
- a Fábrica de Cerâmica
- as tão famosas plantações do Chá Gorreana
(Curiosidade: sabiam que só existe chá verde e chá preto? As restantes caixinhas que vemos no supermercado e que vulgarmente chamamos de chá, são na verdade infusões, com aromas diversos!)
(Curiosidade: sabiam que só existe chá verde e chá preto? As restantes caixinhas que vemos no supermercado e que vulgarmente chamamos de chá, são na verdade infusões, com aromas diversos!)
- No dia 2, o querido Pedro fez-me o grande favor de parar numa praia para eu poder guardar areia comigo, para trazer para casa - a areia escura, fina e bela dos Açores!
Todas as fotografias foram tiradas por mim e pelo meu irmão, Tomás, na Ilha de São Miguel a 13 de Outubro de 2017. Por favor, não as utilizar sem autorização.
Não consegui deixar de esconder o sorriso de orelha a orelha que me pintava o rosto quando descolei pela primeira vez. Ver as nuvens tão perto, ali, tão juntinhas a mim, fez-me sentir-me viva de uma forma diferente, bem viva.
Na manhã do dia 13 de Outubro, o meu coração palpitava com a alegria de saber que brevemente estaria a aterrar num dos lugares mais bonitos do mundo - os Açores (mais propriamente, a Ilha de São Miguel). Foi uma viagem muito esperada e muito desejada. Fui bem acompanhada e isso fez toda a diferença durante os dias em que estive em Ponta Delgada. Foram dias inesquecíveis!
Agora, cada vez que que vejo um avião, sorrio. Porque já sei o que é estar lá em cima. E lembrar-me-ei sempre dos Açores por ter sido o destino do meu primeiro vôo.
Nos próximos dias, vou contar-vos as pequenas grandes aventuras que vivi neste paraíso tão genuíno e tão querido que me ficou para sempre no coração!
Já conhecem os Açores?
Todas as fotografias foram tiradas por mim. Por favor, não as utilizar sem autorização.
Eu e o maninho. Praia do Navio, Santa Cruz. Fotografia tirada pela minha mãe. |
O tempo passa por nós. Vamos ficando gastos pelo tempo, mas também vamos ficando maduros, conhecedores do mundo que nos rodeia. Mudamos as nossas prioridades de tempos a tempos e as nossas vontades vão ficando cada vez mais simples e mais bonitas.
Continuamos a sonhar, com os olhos postos no futuro e a brilhar. Lutamos por caminhos diferentes, mas o nosso sorriso continua ali, em casa, para o abraçarmos quando quisermos.
Crescemos juntos. Continuaremos a crescer. Em cidades diferentes, mas juntos.
Já não somos as crianças que berravam uma com a outra.
Sou uma mulher que te vê como o bem mais precioso da minha vida. Que te vê como um bebé que pegava ao colo como um peluche e a quem mudava a fralda como se de um Nenuco se tratasse. Foste a melhor prenda que eu alguma vez poderia receber.
E tu estás a tornar-te num homem, por mais impossível que me possa parecer e por mais que me custe admitir. Cresces num piscar de olhos e eu não acredito nisso! E mesmo quando tiveres quarenta anos, serás para mim o meu amor, o meu mano mais novo, o meu mundo!
Dentro do meu peito, há um pedaço de coração que bate também por ti, todos os dias.
Dia 18 de Novembro de 2017, em Areínhos, Oliveira do Douro. Fotografia minha. |
Sente os lugares por onde passas. Não olhes apenas. Caminha. Caminha devagar e sente a terra húmida, molhada, por baixo dos teus sapatos ou descalça-te e corre pela areia da praia. Tira as mãos dos bolsos e deixa-as livres no ar que te envolve. Molha-as na água do rio e do mar. Escuta as gaivotas que voam no horizonte. Guarda essa paisagem dentro de ti, como que uma fotografia. Passa as mãos nos troncos das árvores, na madeira do banco onde te sentas. Senta-te. Sente as bochechas quentes do sol e o nariz arrefecido pela sombra que vai chegando. Sente a brisa do Inverno frio a chegar aos teus cabelos e deixa-os dançar ao som das folhas caídas, castanhas e crepitantes. Abraça quem está contigo. Sente-lhe o peito a bater, forte e quente, e dá-lhe as mãos. Eterniza momentos efémeros como este.
Fotografia tirada pelo meu irmão. |
Hoje, acordei como nunca tinha acordado antes. Acordei com o chilrear das gaivotas. Desde que cheguei, não me tinha ainda apercebido do quão perto estou do mar. E que bom que foi senti-lo desta forma. A paz e a tranquilidade do mar, mesmo aqui, junto a mim.
(Porto, 2017)
(Porto, 2017)
Fotografia tirada pela minha afilhada de Tuna. |
Deste amor que nasceu meigo e calmo, guardo uma ternura imensa que me preenche todos os dias.
Quando me cai o silêncio da boca, és tu quem me faz voltar a cantar outra vez.
Primeiro, baixinho. Depois, mais alto.
Primeiro, tu sozinho. Depois, nós os dois, numa voz apenas, com dois timbres que se completam nesta nossa melodia pintada com cordas.
O nosso olhar tem ainda uma história pequenina, mas é nele que nos sentimos em casa. É onde não precisamos de mais nada, em que nós nos bastamos um ao outro. Nele espelham os nossos defeitos e as nossas qualidades. Espelha o passado de cada um e o futuro de ambos. Não precisamos de discursos para o sentir. Apenas sentir.
Primeiro, baixinho. Depois, mais alto.
Primeiro, tu sozinho. Depois, nós os dois, numa voz apenas, com dois timbres que se completam nesta nossa melodia pintada com cordas.
O nosso olhar tem ainda uma história pequenina, mas é nele que nos sentimos em casa. É onde não precisamos de mais nada, em que nós nos bastamos um ao outro. Nele espelham os nossos defeitos e as nossas qualidades. Espelha o passado de cada um e o futuro de ambos. Não precisamos de discursos para o sentir. Apenas sentir.
Pego, tremendo, numa tesoura fria de metal que estava pousada na secretária do escritório e levo-a comigo, assustada, para a casa de banho, onde me escondo do espelho todos os dias. Estou descalça e o chão está duro e frio. Tenho os olhos fechados e o coração semicerrado, entre aquilo que deve estar e aquilo que não pode. Fecho a porta, apesar de estar sozinha em casa. É uma sensação de segurança diferente. Sento-me, por segundos eternos, no tapete cinzento em frente ao chuveiro e penso em nada. Apenas ali, de olhos abertos, mas sem ver nada. Levanto-me. Respiro fundo e olho para o espelho sem vontade, com medo e de olhos molhados. Vejo quem está à minha frente e agarro numa madeixa grossa, volumosa, de cabelo castanho ondulado com uma mão. Com a outra pego na tesoura, de repente tão pesada, e abro-a por cima dessa madeixa. Sem respirar, apneia nascida da angústia, aperto os meus dedos contra a tesoura e ouço, compassadamente, mil e um cortes minúsculos a darem à luz mechas de cabelo perdido. Silêncio silencioso senti dentro de mim, como se o som desses mil e um cortes minúsculos tivessem morto todo o tipo de som do mundo. Não ouvi mais nada até ao próximo corte. Agarrei noutro par de ondas e apertei a minha mão, desta vez confiante, contra a tesoura. E mais uma vez. E outra. E outra. Até esquecer quem fui. Até esquecer quem sou.