The Ginger Bookworm
Ilustração retirada do Pinterest.


Cheguei à escola. É o meu primeiro dia de trabalho. Os miúdos correm e conversam sobre as férias. Anseiam pela primeira aula para saber quem é o professor. Vozes de crianças e adolescentes invadem o ambiente com que sempre sonhei. As vozes de Amanhã. Muitos Amanhãs. Farei parte de alguns deles. E isso faz-me tão feliz!
Chego à sala de professores tão ansiosa como no primeiro dia de aulas na faculdade. Estudei no Porto. Na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Na cidade onde nascem as musas de poetas fantásticos. Ali nasci, ali fiquei. Não tive coragem de abandonar o Douro quando iniciei o meu percurso académico! Hoje, teve de ser. Saí do meu berço inconfundível e incomparavelmente maravilhoso. Fiz as malas há uma semana e viajei até à capital. Mas sinto-me deslocada, como se o Porto se tivesse evaporado e eu já não o pudesse ver mais. Lisboa é uma cidade bonita, mas o Porto é a minha paixão. O Tejo é brilhante, mas o Douro é a luz da minha alma.
Os mais velhos olham para mim por ser uma cara nova. Os mais novos também olham mas mais timidamente. Cumprimento alguns, dizendo um «bom dia» alegre, apresento-me a outros, tentando encontrar os restantes professores de Língua Portuguesa da escola.
Ainda um pouco atrapalhada, tentava encontrar o livro de ponto do 9ºE - a minha primeira turma do meu percurso profissional. O programa era o mais interessante de todos os anos. Continha matérias mais aprofundadas e só gostava da disciplina quem realmente gostasse de Português.
Antes do toque, dirigi-me para a sala, para não me atrasar, pois ainda não conhecia muito bem os cantos à casa.
A campainha solta um grito estridente e ouvem-se, automaticamente segundos depois, passos apressados, uns mais entusiasmados do que outros, a subirem as escadas. Depois as cadeiras a arrastarem no chão, ao contrário daquilo que o professor ordena (e continuará a ordenar, mas sempre sem efeito...). Para certas coisas, não há remédio! Os primeiros alunos entram, sentam-se nas primeiras carteiras, e muito acanhados, dizem «bom dia». Caramba, eu não faço mal! Eu também era assim? Riram-se! É um bom começo... tentar criar laços. Não é a meter medo que lhes vou enfiar Camões na cabeça, muito menos na alma!
A aula foi produtiva. Acho que eles gostaram de mim e eu, pelo menos, gostei deles. É uma turma simpática, apesar de conversadora... resta saber se trabalham bem. Tenho a sensação de que se vai descobrir um ou outro talento na escrita. Vou insistir nesta actividade como tarefa extra e facultativa semanal, contribuindo obviamente para o aproveitamento. Acho importante fazê-lo porque às vezes nem eles próprios sabem que gostam de escrever! Eu, professora Carolina, de Língua Portuguesa, hei-de ensinar as almas a (en)cantar o mundo em versos. Hei-de mostrar aos miúdos que a prosa é o que nos faz cair e o que nos faz levantar. São as palavras em linha recta que movem mundos!
Numa turma, há sempre um leitor compulsivo... mal posso esperar para descobrir qual deles é!
*fictício (escrito em Maio de 2010)
Ilustração retirada do Pinterest.


Há dias em que a minha única vontade é desistir de tudo. Porque desistir seria muito mais fácil. Difícil é continuar a lutar por uma coisa que já quase que não acredito ser possível. 
É muito difícil dizer «Não. Não quero continuar a lutar.» a um sorriso e a um coração que me ajudam. Dizer que não quero continuar nesta batalha, que já chega, que estou cansada, esgotada, exausta emocionalmente.
Não o estou a fazer totalmente por mim, porque de mim, já pouco ou nada me importa. Mas tenho de fazê-lo por alguém e, às vezes, esse alguém, admito, devia ser eu. Mas não sou. E isso dificulta-me as coisas porque às vezes dou por mim a pensar em coisas que não devia. O que me faz continuar nisto é saber que tenho pessoas do meu lado que me apoiam e que acreditam que eu sou capaz, que eu vou conseguir, que um dia eu hei-de ficar boa. Essas pessoas, do meu coração, acreditam mais, mas muito mais em mim, do que eu. Não sei como o fazem! E é por elas que, muitas vezes, me levanto e digo "Vamos lá!" a mais um dia.

Primeira e única obra que li de Miguel Torga. Tinha os meus quinze anos e foi sugestão de leitura vinda de uma professora.

É um romance autobiográfico dividido, tal como conta a criação do mundo, em seis dias. Foi este o livro que levou Torga preso nos tempos de Salazar, devido ao facto de ter escrito sobre a Guerra Civil Espanhola em pleno acontecimento, tornando-se numa testemunha viva daquilo que estava a acontecer no nosso país vizinho.

Todos nós temos o nosso próprio mundo e todos nós criamos um segundo as nossas preferências. É de uma escrita de louvar, de um português belo, bem articulado e bem característico de primeira metade do século XX. Não sei como explicar a minha admiração que nasceu por este escritor, bem como a que nutro por Eugénio de Andrade, embora deste último apenas lhe tenha lido poesia e uma carta a Sophia.

Esta obra é então publicada por partes (seis dias) mas que surge agora como um livro só. Magnífico!

Nota: Este livro está disponível à  venda na Bertrand e na Wook. Como sabem, este blogue é afiliado de ambas as livrarias, pelo que, assim, ao adquirirem as obras através destes links disponibilizados a amarelo, estão a contribuir para o seu crescimento literário. Obrigada! Bem-Vos-Quero 🌼📚



Apesar da minha pouca ou nenhuma simpatia por esta personalidade, comprei-lhe dois livros por serem sobre viagens. Este, o Sul, chamou-me a atenção pela nova edição. Repleta de fotografias encantadoras, Miguel conta-nos as suas viagens por África, Brasil, Veneza e até pelo nosso tão português Alentejo.

Claro que faz referência à sua mãe, Sophia, o meu Deus na Terra da Poesia e talvez tenha sido por isso que me senti tentada a lê-lo. Como é de esperar, aprendeu com ela muita coisa, inclusivamente, viajar, mas saber viajar a sério. «Viajar é olhar», largar um pouco a câmara e desfrutar do ar, do sol, das nuvens, do chão que pisamos. Sentir aquilo que nos é estrangeiro no momento.

Li-o porque tem um pouco de Sophia dentro dele e foi isso que me impulsionou à sua compra.

Nota: Este livro está disponível à  venda na Bertrand e na Wook. Como sabem, este blogue é afiliado de ambas as livrarias, pelo que, assim, ao adquirirem as obras através destes links disponibilizados a amarelo, estão a contribuir para o seu crescimento literário. Obrigada! Bem-Vos-Quero 🌼📚


Deep in the ocean, dead and cast away
Where innocence is burned in flames
A million miles from home, I'm walking ahead
I'm frozen to the bones, I am
A soldier on my own, I don't know the way
I'm riding up the heights of shame
I'm waiting for the call, the hand on the chest
I'm ready for the fight, and fate
The sound of iron shots is stuck in my head
The thunder of the drums dictates
The rhythm of the falls, the number of dead
The rising of the horns, ahead
From the dawn of time to the end of days
I will have to run, away
I want to feel the pain and the bitter taste
Of the blood on my lips, again
This deadly burst of snow is burning my hands
I'm frozen to the bones, I am
A million miles from home, I'm walking away
I can't recall your eyes, your face
Ilustração retirada do Pinterest.


Sonhador do mundo,
Tu que (re)inventas
Mares e oceanos,
Terras e continentes,
És rei de um majestoso reino,
Leão de uma savana,
Condor dos seus céus.

Oh poeta, marinheiro,
Soldado, comandante,
Contador de histórias
Em mundos de fantasia,
Conquistador da palavra,
Do ritmo, do verso,
Do poema, da poesia!

Tão originais e diferentes
Esses teus versos cantados,
Que aguardam enfeitiçados
Por sublime leitura
De alguém que respire
E viva poesia, para ser
Recordada essa terna felicidade!

Nobre e glorioso poeta,
Nunca «da lei da morte»
Te libertarás, pois
Tuas palavras, essas
Ficam eternamente
Gravadas nos
Nossos corações!
Ilustração retirada do Pinterest.


Abriu as asas. Voou sublimemente. Pousou na dourada poeira de pólen de uma margarida, devagar. Sem pressas nem stress. Sem a fadiga que os humanos sentem para chegar a todo o lado, a toda a hora! Apenas com calma, serenamente. Depois, voltou a voar (desta vez, com as suas patas minúsculas cheias de um néctar sumarento).
Encontrou então uma andorinha que levava no bico alimento para as suas crias e decidiu perguntar-lhe qual a sensação de voar com tal rapidez e perspicácia. Ela respondeu-lhe com um sorriso (seja como for o sorriso de uma andorinha, pois não consigo imaginar uma curva, num bico, que tenha o poder de melhorar o mundo) que o mais belo que essa capacidade lhe podia oferecer era conseguir ver o infinito do horizonte, quer no nascer, quer no pôr-do-sol. Conseguir distinguir o céu do mar, numa quente tarde de Verão! Acrescentou ainda que não menosprezasse as suas, pois Deus dá todo o tipo de asas: as que servem para voar (lenta ou rapidamente) e as que servem para sonhar…
Ilustração retirada do Pinterest.


Afeiçoamo-nos aos lugares e às pessoas quando mais precisamos deles.
Afeiçoamo-nos às nossas (novas) vidas depois de mudanças que nos assolam! 
Somos assim mesmo. Porque precisamos de olhar para o futuro para poder matar o passado. Precisamos de promessas, desejos e sonhos férteis depois de traições, mágoas e pesadelos fantasmas que nos mancham e fazem murchar o coração. Porque é nossa natureza procurar um porto de abrigo que nos console e que nos mime! Porque somos assim, quer queiramos, quer não. 

Tememos a vulnerabilidade ao mesmo tempo que a procuramos. Tememos desilusões ao mesmo tempo que procuramos confiança! Somos feitos de uma poeira qualquer cheia de paradoxos, antíteses e outros contrastes e contrários que nem imaginamos que existem!


 Ah hei! Ah hei! Ah hei!

Ah! La Belle de Jour!
Ah hei! Ah hei!
Eu lembro da moça bonita
Da praia de Boa Viagem
E a moça no meio da tarde
De um domingo azul
Azul era Belle de Jour
Era a bela da tarde
Seus olhos azuis como a tarde
Na tarde de um domingo azul
La Belle de Jour!
Eu lembro da moça bonita
Da praia de Boa Viagem
E a moça no meio da tarde
De um domingo azul
Azul era Belle de Jour
Era a bela da tarde
Seus olhos azuis como a tarde
Na tarde de um domingo azul
La Belle de Jour!
Belle de Jour!
Oh! Oh!
Belle de Jour!
La Belle de Jour
Era a moça mais linda
De toda a cidade
E foi justamente pra ela
Que eu escrevi meu primeiro blues
Mas Belle de Jour
No azul viajava
Seus olhos azuis como a tarde
Na tarde de um domingo azul
La Belle de Jour!
Ah hei! Ah hei! Ah hei!
Ah hei!
Eu lembro da moça bonita
Da praia de Boa Viagem
E a moça no meio da tarde
De um domingo azul
Azul era a Belle de Jour
Era a bela da tarde
Seus olhos azuis como a tarde
Na tarde de um domingo azul
La Belle de Jour!
Belle de Jour!
Oh oh Belle de Jour!
La Belle de Jour
Era a moça mais linda
De toda a cidade
E foi justamente pra ela
Que eu escrevi meu primeiro blues
Mas Belle de Jour
No azul viajava
Seus olhos azuis como a tarde
Na tarde de um domingo azul
La Belle de Jour!
Ah hei! Ah hei! Ah hei!
La Belle de Jour!
Belle de Jour!
Oh! Oh!
Belle de Jour!
La Belle de Jour
Era a moça mais linda
De toda a cidade
E foi justamente pra ela
Que eu escrevi meu primeiro blues
Mas Belle de Jour
No azul viajava
Seus olhos azuis como a tarde
Na tarde de um domingo azul
La Belle de Jour!
Ah hei! Ah hei!
Mar e sol
Gira, gira, gira, gira, gira, gira, gira, girassol
Mar e sol
Gira, gira, gira, gira, gira, gira, gira, girassol
Um girassol nos teus cabelos
Batom vermelho, girassol
Oh morena, flor do desejo
Ah, teu cheiro em meu lençol
Um girassol nos teus cabelos
Batom vermelho, girassol
Oh morena, flor do desejo
Ah, teu cheiro em meu lençol!
Desço pra rua, sinto saudade
Gata selvagem, sou caçador
Morena, flor do desejo
Ah, teu cheiro matador!
Mar e sol
Gira, gira, gira, gira, gira, gira, gira, girassol
Mar e sol
Gira, gira, gira, gira, gira, gira, gira, girassol
Ah hei! Ah hei! Ah hei!
Ah hei!

Paulo Coelho é conhecido pelos seus livros leves, simples e inspiradores que são bonitos para ler nas alturas mais preenchidas da vida. Não são propriamente obras, digamos, com um forte enredo ou narrativas densas, muito pelo contrário. Lêem-se muito rapidamente e elevam-nos a moral, tal é a insistência no tema dos sonhos e vocações de cada um de nós.

O Alquimista é portanto uma história de um jovem, Santiago, que larga o seu lar, a sua zona de conforto para ir em busca de algo mais (não será esse o caminho de todos nós também, mais tarde ou mais cedo?). Viaja pelo mundo à procura de qualquer coisa e é nesta aventura que se encontra a si mesmo e descobre respostas à sua vida (que tantos de nós também procuram).

Li-o numa altura mais chata da minha vida e talvez seja por isso que lhe tenha dado tanta atenção e valor. Provavelmente, se o lesse hoje, teria uma visão diferente quer do livro quer do autor. 

Nota: Este livro está disponível à  venda na Bertrand e na Wook. Como sabem, este blogue é afiliado de ambas as livrarias, pelo que, assim, ao adquirirem as obras através destes links disponibilizados a amarelo, estão a contribuir para o seu crescimento literário. Obrigada! Bem-Vos-Quero 🌼📚



Consigo fechar os olhos e sentir o som das ondas de sal no meu rosto. Leio o que escrevo em voz alta e percebo que o Mar e a Poesia são irmãos. Ouço a minha voz trémula e ansiosa que me diz que um dia serei Mar. Sinto as areias douradas na minha pele branca, branca, branca. As gotas de água salgada lavam-me o corpo cansado. Respiro, sinto e vivo o Mar. 
O marulhar é a Música que o Mundo criou para nós. É a cura mais poderosa para uma alma perdida, fria e só. 
E tudo isto me limpa a alma extasiada de tudo e de nada.

 


Ya ya ya yo
Fé nessa merda noite e dia
Levanta mais uma manhã com a dita fantasia
Acorda agora e já de pé inspira a maresia
Que lhe inspira a poesia
Ou não respiraria
Ouvia falar no impossível
Nisso nunca acreditou
Isso não é combustível bom
Não para o sonho que eu procuro
Tão puro como acordar no futuro e ver um mundo
Que reflicta quem eu sou
Se a escrita fosse dom ou o som
Da minha voz o tom da tua lógica
Nós éramos um mas a separação foi trágica
Eu sei, sociedade é uma maquina sádica
Em Bagdad há tantos trilhos
África somos teus filhos na prática
Se a vida foi errática
Eu pratiquei numa cidade estática
A capacidade mágica
De tar de pé sozinho
Mas só se for preciso
Juntos vamos desde a dor ao paraíso
Noites com verdade e parvoíces
Seguem dias que deixaram cicatrizes
Estudando vão andando aprendizes
Compra comprimidos já concentram infelizes
Vivem vidas em livros para aprender a viver tristes
Diz-me
Se a tinta é da raiz é sangue solto
É quando a vida vira um poço oco
Ao espelho és carne e osso
Só intenção acima do pescoço
Sem um coração de rouco
Sem os meus eu sou um pouco louco
Mas dou-te troco
Fogo posto sem noção
Flow é monstruoso a cada situação
Vai dar desgosto a quem esconde o que são
Vão da lama para o meu quarto
Meu ringue
Grama a grama eu encho o papo
Eu sinto, não calo não minto
Só falo por mim
Tu fá-lo por ti
Inspira quem imagina um fim
Diferente para si
Longe de aceitável
Uma outra via mais viável e eu via
Então fé nessa merda noite e dia


 


 Outside there's a box car waiting

Outside the family stew
Out by the fire breathing
Outside we wait 'til face turns blue
I know the nervous walking
I know the dirty beard hangs
Out by the box car waiting
Take me away to nowhere plains

There is a wait so long (so long, so long)
You'll never wait so long

Here comes your man
Here comes your man
Here comes your man
Here comes your man

Big shake on the box car moving
Big shake to the land that's falling down
Is a wind makes a palm stop blowing
A big, big stone fall and break my crown

There is a wait so long (so long, so long)
You'll never wait so long

Here comes your man
Here comes your man
Here comes your man
Here comes your man

There is a wait so long (so long, so long)
You'll never wait so long

Here comes your man
Here comes your man
Here comes your man
Here comes your man


Bom, como eu admiro o trabalho do Ricardo, é fácil acompanhar o trabalho dele.

Nunca cheguei a comprar os livros das Mixórdias por um simples motivo - ouvi-as todas na Rádio Comercial e até nas playlists de Youtube e guardei-as nos Favoritos. Mesmo que os comprasse não iria olhar para eles com o mesmo encanto porque, tenho a certeza, não têm tanta piada como quando saídas da boca do RAP, com os seus diferentes sotaques/dialectos/pronúncias e formas de levar o discurso. Tenho todas as suas restantes obras escritas, excepto estas por existirem em formato de vídeo e áudio nas Internetes deste mundo.

Para quem  não sabe, as mixórdias foram divididas em séries, cada uma delas com um apelido:

- Série Miranda
- Série Lobato
- Série Alves Fernandes
- Série Gomes
- Série Ribeiro

Podem assistir a todas, neste LINK.

Nota: Estes livros estão todos disponíveis à  venda na Bertrand e na Wook. Como sabem, este blogue é afiliado de ambas as livrarias, pelo que, assim, ao adquirirem as obras através destes links disponibilizados a amarelo, estão a contribuir para o seu crescimento literário. Obrigada! Bem-Vos-Quero 🌼📚



Não é novidade que a doença mental é ainda muito estigmatizada, por mais inacreditável que isso possa parecer em pleno século XXI. Como tal, devido a isso, torna a procura de ajuda profissional mais difícil por causa do medo desse preconceito ainda existente.

Já é dor suficientemente dolorosa ter uma doença mental, não é necessário mais nada para piorar esse sentimento.

Quanto mais conversarmos, discutirmos, falarmos sobre o tema em concreto, mais fácil é a sua absorção como sendo algo importante na sociedade que não deve ser menosprezado. Assim como não podemos ignorar uma pneumonia, não podemos ignorar, por exemplo, uma depressão, até porque qualquer uma delas, se não for bem tratada, pode e virá a ser fatal. Ora, uma condição de saúde, seja ela de natureza fisiológica ou psicológica, não deve ser ignorada. O nosso organismo é um equilíbrio biopsicossocial. Quando esse equilíbrio é alterado, deve procurar-se ajuda, seja de que área for.

Com os contributos de Afonso Cruz, Dulce Maria Cardoso, Gonçalo M. Tavares, Joel Neto, Maria Teresa Horta, Nuno Camarneiro, Patrícia Reis e Richard Zimler. Cada um destes artistas contribuiu com uma história para este livro, sobre situações pelas quais todos nós já passámos ou conhecemos alguém que o sofreu na pele. O bicho de sete cabeças pode desaparecer gradualmente quando temos a coragem e a bravura de (saber) pedir ajuda!

Nota: Este livro está disponível à  venda na Bertrand e na Wook. Como sabem, este blogue é afiliado de ambas as livrarias, pelo que, assim, ao adquirirem as obras através destes links disponibilizados a amarelo, estão a contribuir para o seu crescimento literário. Obrigada! Bem-Vos-Quero 🌼📚

 


When you were here before
Couldn't look you in the eye
You're just like an angel
Your skin makes me cry
You float like a feather
In a beautiful world
I wish I was special
You're so fuckin' special
But I'm a creep
I'm a weirdo
What the hell am I doing here?
I don't belong here
I don't care if it hurts
I wanna have control
I want a perfect body
I want a perfect soul
I want you to notice
When I'm not around
You're so fuckin' special
I wish I was special
But I'm a creep
I'm a weirdo
What the hell am I doing here?
I don't belong here, oh, oh
She's running out the door
She's running out
She run, run, run, run
Run
Whatever makes you happy
Whatever you want
You're so fuckin' special
I wish I was special
But I'm a creep
I'm a weirdo
What the hell am I doing here?
I don't belong here
I don't belong here


Sabem aquelas obras que lemos na escola porque eram parte do programa obrigatório? Esta foi uma delas e foi o meu caso. No entanto, não foi de todo uma desilusão. Era miúda, tinha aí uns doze anos, e foi o primeiro texto dramático que li (se não estou em erro) porque a minha avó me ofereceu o livro antes de dá-lo na escola.

Gostei bastante desta obra porque, através do cómico de situação, carácter e linguagem, está presente uma forte crítica social. Humor, sarcasmo, ironia, tudo coisas que aprecio, hã? E, sem elas, seria só mais uma obra chata  de se ler sobre os vícios da sociedade e as desigualdades que, no fundo, nunca deixaram de existir.

Nota: Este livro está disponível à  venda na Bertrand e na Wook. Como sabem, este blogue é afiliado de ambas as livrarias, pelo que, assim, ao adquirirem as obras através destes links disponibilizados a amarelo, estão a contribuir para o seu crescimento literário. Obrigada! Bem-Vos-Quero 🌼📚


Não é a primeira vez que me deixo deslumbrar pela sensibilidade e harmonia da escrita de Richard Bach.

Acredito que as suas histórias tenham sido pensadas para as crianças, sim, mas também para os mais crescidos.

Há, em cada livro seu, mais do que um ensinamento profundo, todos traduzidos em palavras muito simples, que às vezes demoramos anos a compreender. Basta ler um parágrafo de Bach para sentir na pele que a vida é nossa e deve ser vivida plenamente, nunca menosprezando a nossa vontade, nem, ainda mais importante, a nossa vocação, pois é dela que nascerá um dos muitos possíveis futuros do mundo. E como o mundo é de todos, reside em nós uma responsabilidade acrescida para garantir que dias melhores estão por vir, sempre.

Estou certa de que muitos dos nossos/vossos pais e avós conhecem pelo menos uma das suas histórias comoventes. Esta, as "Crónicas dos Feitos dos Furões - Da Grande Aventura do Mar", fala-nos principalmente da coragem. Joana e Diogo, dois irmãos que seguem a vida na Marinha para salvar vidas e Patrícia, que mais do que escrever uma história, vai encontrar a bordo do "Decidido" a intrepidez de um grupo de furões unidos e leais amizades.

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Já vos falei de Pio Abreu.

Enquanto que o Neurologista António Damásio dá ênfase à fisiologia e bioquímica, o Psiquiatra Pio Abreu destaca a mente, não o cérebro. Claro que ambas as áreas se complementam e se explicam uma à outra. No entanto, enquanto que o cérebro é palpável, podemos mexer-lhe, tocar-lhe, a mente, essa, já não é assim. Não podemos operá-la, tirar e pôr informação, apagar memórias... isso (ainda) é impossível.

Para além da dificuldade que é incutir na sociedade de que é uma área que deve ser valorizada, Pio Abreu quer «desfazer a mistificação» que são alguns fenómenos que «todos sabem que existem, mas ninguém se arrisca a abordá-los com seriedade e sem esoterismos». Porque a vida não seria a mesma sem a mente! Já conseguiram imaginar? A vida sem a mente? O que seríamos nós? Apesar da evidência de sermos conscientes, nada mais é evidente. Como se de dimensões distintas se tratasse.

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(Come on Eileen)

Poor old Johnny Ray. Sounded sad upon the radio
He moved a million hearts in mono
Our mothers cried,
And sang along who'd blame them?

You've grown (you grow up) so grown up
Now I must say more than ever (come on Eileen)
Toora Loora Toora Loo-Rye Aye
And we can sing just like our fathers

(Come on Eileen) oh i swear (well he means)
At this moment, you mean everything
You in that dress, my thoughts I confess
Verge on dirty
Ah come on Eileen

(Come on Eileen)
These people round here, wear beaten down eyes
Sunk in smoke dried faces so resigned to what their fate is
But not us (no not us) not us we are far too young and clever (remember)
Toora Loora Toora Loo-Rye-Aye
Eileen I'll hum this tune forever

(Come on Eileen) oh i swear (well he means)
Ah come on let's, take off everything
Pretty red dress Eileen (Tell him yes)
Ah come on let's, ah come on Eileen

(Come on, Eileen taloo-rye-aye
Come on, Eileen taloo-rye-aye)
Now you have grown, now you have shown, oh, Eileen
Said Come on, Eileen taloo-rye-aye (repeat in background)
You've grown...
So grown (Show, how you feel)
Now I must say more than ever
Things 'round here have changed
I said too-ra-loo-ra-too-ra-loo-rye-aye

(Come on Eileen) oh i swear (well he means)
At this moment, you mean everything
You in that dress, my thoughts I confess
Verge on dirty
Ah come on Eileen

(Come on Eileen) I swear (well he means)
At this moment, you mean everything
You in that dress, my thoughts I confess
Well, they're dirty
Come on Eileen


Pequenos retratos biográficos dos grandes escritores. Javier Marías consegue captar a essência de cada um deles e relatar-nos em miniatura aquilo que foram enquanto homens e mulheres, indo além dos livros que escreveram.

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Com ilustrações de João Pedro Lam, este é um livro fundamental para os alunos do Ensino Secundário. No meu tempo de estudante, ajudou-me imenso a compreender e interpretar a obra de Pessoa, a esclarecer-me as dúvidas que surgiam e a abrir-me os horizontes para uma outra possível interpretação.

Aqui, cada poema é analisado com detalhe numas notas bem explicativas sem se tornar cansativo, maçador.

Miguel Real consegue facilmente proporcionar ao leitor uma acessibilidade a informação histórica ao mesmo tempo que lhe oferece uma análise das palavras de Pessoa.

Uma obra essencial a ter em casa.

Nota: Este livro está disponível à  venda na Bertrand e na Wook. Como sabem, este blogue é afiliado de ambas as livrarias, pelo que, assim, ao adquirirem as obras através destes links disponibilizados a amarelo, estão a contribuir para o seu crescimento literário. Obrigada! Bem-Vos-Quero 🌼📚

Pelo céu às cavalitas
Escondi nos teus caracóis
A estrela mais bonita, que eu já vi

Eu cresci com um encanto
De ser caçador de sóis
Eu já corri tanto, tanto para ti
Fui um príncipe encantado
Montado nos teus joelhos
Um eterno enamorado, a valer
Lancelot de algibeira
Mas segui os teus conselhos
Pra voltar à tua beira
E ser o que eu quiser
Os teus olhos foram esperança
Os meus olhos girassóis
Fomos onde a vista alcança da nossa janela
Já deixei de ser criança e tu dormes à lareira
Ainda sinto a minha estrela nos teus caracóis
Os teus olhos foram esperança
Os meus olhos girassóis
Fomos onde a vista alcança da nossa janela
Já deixei de ser criança e tu dormes à lareira
Ainda sinto a minha estrela nos teus caracóis
Os teus olhos foram esperança
Os meus olhos girassóis
Fomos onde a vista alcança da nossa janela
Já deixei de ser criança e tu dormes à lareira
Ainda sinto a minha estrela nos teus caracóis

Mais um livro de Zafón que é digno de ter um lugar de destaque na minha estante. Tal como A Sombra do Vento, este é um livro apaixonante, cheio de magia nas palavras e faz-nos cair de amores por Barcelona e pelos livros.

Para quem leu primeiro A Sombra do Vento, percebe que as  personagens já nos são familiares e ficamos a conhecê-las um pouco melhor.

Também nesta obra há uma poesia na prosa de Zafón. Consegue transportar-nos para um mundo que só os livrólicos podem conhecer e sentir. O autor tem uma escrita cuidada, bonita e intensa nos acontecimentos certos.

Daniel Sempere, mais uma vez protagonista no enredo de Zafón, vai ser convidado a escrever um livro por um valor extremamente elevado, anormal para a área da escrita, mesmo nos anos vinte do século XX... será que vai aceitar tal proposta? Porquê? Quem será que lhe está a fazer esta oferta irrecusável, à primeira vista?

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Hello darkness, my old friend
I've come to talk with you again
Because a vision softly creeping
Left its seeds while I was sleeping
And the vision that was planted in my brain
Still remains within the sound of silence

In restless dreams I walked alone
Narrow streets of cobblestone
'Neath the halo of a street lamp
I turned my collar to the cold and damp

When my eyes were stabbed
By the flash of a neon light
That split the night
And touched the sound of silence

And in the naked light I saw
Ten thousand people, maybe more
People talking without speaking
People hearing without listening

People writing songs
That voices never share
And no one dare
Disturb the sound of silence

Fools, said I, You do not know
Silence like a cancer grows
Hear my words that I might teach you
Take my arms that I might reach you
But my words like silent raindrops fell
And echoed in the wells of silence

And the people bowed and prayed
To the neon God they made
And the sign flashed out it's warning
And the words that it was forming

And the sign said
The words of the prophets
Are written on the subway walls
And tenement halls
And whispered in the sound of silence


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