CLAVE DE SOL: Phartuna - Desfolhada (Adaptação)[ IV BOTICÁRIOS] + Simone de Oliveira (original, Eurovisão 1969)



Corpo de linho

Lábios de mosto
Meu corpo lindo
Meu fogo posto
Eira de milho
Luar de Agosto
Quem faz um filho
Fá-lo por gosto
É milho-rei
Milho vermelho
Cravo de carne
Bago de amor
Filho de um rei
Que sendo velho
Volta a nascer
Quando há calor
Minha palavra dita à luz do sol nascente
Meu madrigal de madrugada
Amor, amor, amor, amor, amor presente
Em cada espiga desfolhada
Larararai lararai...
Minha raiz de pinho verde
Meu céu azul tocando a serra
Oh, minha mágoa e minha sede
Oh, mar ao sul da minha terra
É trigo loiro
É além Tejo
O meu país
Neste momento
O sol o queima
O vento o aira
Seara louca em movimento
Minha palavra dita à luz do sol nascente
Meu madrigal de madrugada
Amor, amor, amor, amor, amor presente
Em cada espiga desfolhada
Larararai larararai...
Olhos de amêndoa
Cisterna escura
Onde se alpendra
A desventura
Moira escondida
Moira encantada
Lenda perdida
Lenda encontrada
Oh, minha terra
Minha aventura
Casca de noz
Desamparada
Oh, minha terra
Minha lonjura
Por mim perdida
Por mim achada
Larararai...
(Obrigada, até sempre, boa noite)
Larararai larararai...

5 Comments

  1. Gosto imenso desta música! E adorei o primeiro vídeo. Já estou cheia de saudades de ver um tunas ao vivo *-*

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  2. De certeza que não atendi o sentido completo, quando fui ouvindo a canção... Ouve-se a música, a toada, sem ligar ao outro amor subjacente e talvez o que mais preocupava Ary dos Santos. Lendo a letra, torna-se claro...

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    1. Eu só conheci verdadeiramente quando entrei na Tuna. Nunca tinha lido o poema completo nem ouvido a música toda. Mas valeu bem a pena.

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