O primeiro soneto que li foi de Florbela Espanca, não de Camões, se não estou em erro. Este livro foi-me oferecido pela minha avó na minha adolescência e desde aí que me fascina a capacidade que alguns têm para construírem com as palavras monumentos tão bonitos e complexos - os sonetos. Nunca escrevi um soneto, nem sei se conseguirei fazê-lo. Parece-me demasiado rebuscado para as minhas capacidades. E como sinto que estou a forçar (no fundo, estou mesmo, porque a métrica é fixa e tudo tem de respeitar as normas de um soneto) não consigo mesmo.
A minha mente sempre foi um tanto melancólica e, por vezes, negra. Talvez por isso, quando li Florbela pela primeira vez, tenha encontrado uma parte de um mundo também meu. Não me sinto sozinha. Florbela viveu tudo (demasiado) intensamente, para bem da sua obra, mas nem tanto da sua vida.
Adoro tudo nesta poesia, a realidade nua, o feminino, a tristeza. Tudo me faz sentir com mais força tudo o que há para sentir.
2 Comments
Que maravilha! Tenho de investir nesta obra *-*
ResponderEliminarEu adorei, mas sou suspeita!
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