Fotografia tirada pelo meu irmão. Coimbra, 2018. |
Em tempos muito antigos, dos quais não tens memória porque ainda não existias, eu era como tu - tinha fome do passado e sede do futuro; era mãe dos meus medos e filha dos meus sonhos. Nasci naquela aldeia de pedra e cresci com as palavras, a poesia...
Tu gostavas das minhas histórias e pedias sempre mais. Ah! Como é bom ser avó!
Hoje, os sinos da igreja estalam por minha causa.
Voei por entre as lusas brumas de um sonho transmontano para te ver. Estás a chorar!
De onde vieste, tristeza, que vejo nos olhos da minha neta?
Sinto os teus pensamentos tão pesados! As lágrimas de hoje são por mim derramadas? Lembra-te que pior do que morrer alguém, é morrer o amor por alguém!
Sei que, depois destas negras nuvens chorarem, a tua eterna e verdadeira felicidade encontrar-te-á. Consigo ver a família que criarás e o sorriso que nascerá em ti sem te aperceberes.
E eu, de te ver feliz, sorri!
3 Comments
Acredito que as pessoas só morrem em nós quando nos esquecemos delas, quando nos morre esse amor tão puro. E este texto acaba por mostrar isso mesmo.
ResponderEliminarLindo! Absolutamente maravilhoso, minha querida *-*
r: Exato, é preciso equilibrar a balança: transmitir uma crítica construtiva quando necessário e elogiar na mesma proporção. Acho que seria muito mais fácil se todos tivéssemos o cuidado de não cair em exageros
Beijinho grande*
Tão bonito minha querida, a separação dói sempre, mas ficam as memórias. Como referiu a Andreia, as pessoas só morrem se nos esquecermos delas para sempre.
ResponderEliminarGostei muito :)
Beijinho
Obrigada, princesas!
ResponderEliminarBeijinhos para as duas <3 *.*
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