The Ginger Bookworm


Há vários tipos de pessoas - aquelas que não merecem as lágrimas que derramo e aquelas a quem devo a minha felicidade, a minha vida.
Sentei-me numas escadas de jardim, ouvi e senti as gotas grossa e pesadas da chuva no meu rosto. Era Inverno! Chovia. E eu estava sentada a fazer nada. Sozinha. A fazer nada. Admirava os pingos da chuva como uma criança admira as mil luzinhas da árvore de Natal - radiante com a sua beleza, com a autenticidade desses pontinhos que caíam sobre a minha cabeça pesada, sobre o meu cabelo castanho, encaracolado e progressivamente mais molhado, sem me questionar onde nascera tal fonte que, suspensa por cima do meu corpo, se matava aos poucos, sem fim, sem tempo.
Os meus olhos choviam também. Pérolas gastas pelo tempo, tornavam-se cinzentas de monotonia. A luz efémera da minha alma consumia-se a um passo superior à velocidade que eu outrora lhe permitira.
A minha força de vontade, o meu alento, que haviam estado em baixo, foram levantados por um dos mais preciosos anjinhos da guarda. (Infelizmente) Voltaram a cair, mas desta vez, desta derradeira vez, bateu mesmo no fundo e já não há nada que alguém possa fazer. Chovia.
Fiz coisas que não se devem fazer. Tentei acabar com tudo. Tentei que tudo acabasse ali, naquele momento em que se decide o que fazer com a vida/morte.
E as lágrimas que não consegui derramar afogaram-me em mágoas desconhecidas.
As lágrimas que não consegui derramar, mataram aqueles que não as mereciam.

Amanhece devagar.

O sol beija as colinas e cobre-as de um orvalho diamantino.

Ouvem-se as rolas a cantar o segredo da manhã.

A vida muda num instante e quando damos por isso estamos a ser os adultos que não queríamos ser. Cada um de nós define a sua liberdade consoante as suas posses e os seus gostos.

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Entre o início e o fim não está o meio. Estão coisas, muitas coisas... está muito mais do que um simples meio. A vida, por exemplo... ela começa e acaba, mas entretanto a vida vai acontecendo feita de meios.

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Foi uma dor tão grande que quis deixar de sentir, deixar de amar para não doer. Quis fugir dali, das lágrimas que eu engolia e dos sorrisos forçados que fazia.

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morrer rápido, cedo e depressa.

eles esquecem-se que sou uma mulher.

não fui feita para amar. fui feita para sorrir.

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Apaixonei-me por ti no momento em que tocaste para mim. Aí, o meu coração caiu.
Amei-te no momento em que fingiste que não me viste.

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Perdi-te em tristes baladas nocturnas
Nas noites chuvosas de Janeiro, soturnas.

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Entre uma palavra que me cala
e outra que me enlouquece
está um suspiro derretido
que me não deixa viver.

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Sou flor de Primavera no teu jardim
concha e búzio na areia do teu mar.
Pega-me, cuida de mim,
leva-me para amar.

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És floco de neve no meu Inverno
Brisa quente nas tardes de Outubro
Derreto-te no meu coração eterno, rubro.

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Fecha os olhos. Abre o coração. Deixa Coimbra entrar. Foi Coimbra que me deu à luz, berço de minha alma.



Hoje é noite de lua cheia. E eu não a vejo. Mantos escuros escondem-na de mim e de outros curiosos, únicos e extravagantes.

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Não passamos de criações temporárias concebidas por um prazer qualquer...

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Dormir é um desperdício de tempo... passamos mais de metade da vida a fazê-lo.

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Mas o amor será sempre um mistério!

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Hoje, sinto-me uma nova pessoa. Sinto que (re)nasci. Foi Coimbra que me deu à luz!

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A única coisa impossível de mudar nas nossas vidas é se algum dia tentarmos acabar com elas! Há uma grande probabilidade de não podermos mudar o que foi feito, pois se deixarmos de existir, deixamos de poder escolher! 

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Houve, em tempos, um caderno. Sem nome, sem número. Talvez tivesse mesmo de ter sido assim porque acabei por queimá-lo. Entreguei-o à inexistência das coisas. Chamemos-lhe o caderno zero, aquele que existiu para ser esquecido, para se tornar inexistente, porque não foi nunca lido por ninguém a não ser pela pessoa que o escreveu - eu.

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É super normal temermos a infelicidade de alguém, especialmente a de quem mais amamos! E não temos de ter vergonha disso!

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Que a felicidade seja a certeza mais certa em todos nós!

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Ninguém é tão forte a ponto de NUNCA deixar de o ser!

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Só morre ou deixa morrer quem acredita na morte!

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Magoam-nos muito e torna-se amargo saber que pode voltar a acontecer. E de tão amargo que é, criamos uma cápsula de gelo à nossa volta, para servir de protecção à nossa alma!

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Devíamos ensinar o mundo a gostar de ler. O mundo precisa de gostar de ler!

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Foi eterno enquanto durou.
Está na hora de entregar o Passado ao Tempo.

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E quando pensamos que é impossível amar alguém mais do que já amámos, mostram-nos que estamos errados!

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O tempo não existe para mim.
Eu queria estar com os teus olhos, a dançar com eles no horizonte e a contar estrelas em noites quentes de Verão.
Sinto falta de alguém como tu. De alguém que me ensinava e que me conhecia melhor do que eu.

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Chi-coração é um segredo sussurrado entre dois corações! Chi-coração é colar dois corações!

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A maneira mais bonita de escrever é sentir o coração do mundo!

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Abraços - Que falta que às vezes fazem!
E que bons que são!
Há dias em que precisamos mesmo de um! E quando alguém o percebe através dos nossos olhos é uma sensação inexplicável!

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O meu sorriso chora. O meu sorriso chora quando tenho saudade e não posso chorar. O meu sorriso ama as
pessoas e é eterno.

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As minhas lágrimas sorriem durante o dia e choram durante a noite.

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O mundo nunca precisou de nós para existir!

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Não passamos de criações temporárias concebidas por um prazer qualquer...

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As memórias das alturas reinam agora e eternamente
Pois altas estão elas e levantam-nos do Presente. 
Num Passado foram Vida, são Hoje esculturas Mortas,
Vivem numa sombra esbatida e acordam almas absortas!

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Depois das palavras, uma lágrima e um sorriso!

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Um segredo na mão e eterna poesia no coração!

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Nunca esqueças os que fizeram de ti quem és!

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Às vezes, só é preciso um empurrão (e) de umas palavras para conseguires relembrar a chama da tua paixão que se apaga em dias de nevoeiro e que dói a acender no Inverno que há em ti!

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Sinto o tempo a fugir e não consigo pará-lo!

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Quando algo se parte, mesmo se se tentar colar os pedacinhos todos, nunca mais será a mesma coisa.

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Somos os escultores do corpo humano! ... inspiração em plena aula!

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O que foi feito de ti? 
Quando é que te perdeste? 
Quando é que deixaste esse teu coração abandonado por aí, ao vento? 
Volta, por favor! Volta!

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As ruas são calmas... as casas é que têm monstros lá dentro!

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Tão bem escrito. Tempo não é dinheiro... Tempo é amor!
A saudade aperta tanto e eu não consigo passar por cima dela!

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Às vezes, só precisamos de um motivo para escrever... Outras de um abraço e outras de alguém que nos parta o coração.

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Coimbra deu-me amores e amizades por este Portugal fora!

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O meu coração é todo Poesia!
O meu coração é metade Sophia!

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Sabes que não vives sem uma coisa, se não aguentas ficar sem ela durante um dia.
O meu coração também é das Letras!

CAROLIN


A ideia de juntar um lar a um infantário/escola - ouviríamos dos mais velhos lições e aprenderíamos com eles.

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Há dias em que penso que vou morrer de Saudade.

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Ah, os olhos dela que brilham em silêncio, no ruído da cidade!
Ah, os seus lábios que cantam memórias com o vento!

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Queiramos ou não, continuamos feitos de carne. E o sangue nela presente, o sangue que a mantém viva, o mesmo que nos proporciona energia a partir de nutrientes e oxigénio, é um veneno que, apesar de não vivermos sem ele, nos mata lentamente.

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As pessoas, antes de serem aquilo que aparentam ser, são aquilo que são!

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A vida dá voltas e voltas e tu não a queres perder!

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A morte vai e vem. A morte chama-nos e nós respondemos.

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Ela queria apagar memórias. Mas memórias não se apagam! Deterioram mentes e moem corações. Mas não se apagam! Tenta-se esquecer, mas a cicatriz não desaparece, apenas vai atenuando com o tempo... É difícil reviver momentos menos bons. É difícil perdoar! 
Mas é pior se não tentar seguir em frente. Se ficar estancada no passado, nunca conseguirá recomeçar! E é necessário que ande para a frente porque para a frente é que é caminho!
Precisa de alguém (porque nem todos conseguimos reerguer-nos sozinhos) para apagar o cabelo que lhe esconde o rosto e para aquecer o que de si gelou! Sente falta de um abraço quente de uma amizade!

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Continuo a achar que a Saudade é a única coisa eterna! Nunca se desvanece do nosso coração! Nunca nos larga a alma!

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Em tudo o que vivi, dei um pouco de mim... Perdi uma parte de mim!

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Tudo na vida tem um princípio e um fim... e eu sabia que um fim estava por chegar.

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Estou presa em ti. Estás-me de volta! Consigo ouvir o silêncio outra vez... Olho para as janelas e vejo árvores verdes e vivas que dançam harmoniosamente. Consigo sentir os ponteiros do relógio a hesitar... e consigo ouvir o teclado tocado pela senhora da Biblioteca. Vejo um vazio enorme dentro de mim. Estás-me de volta. Aquela apatia e desinteresse por qualquer coisa... És tu. Eu sei, sinto-o! Odeio-te, mas não quero que saias de mim.

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A beleza da Matemática é igual à da Poesia - só a vê quem a sente!

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Os meus sonhos eram tudo o que tinha.
Mas esvaeceram-se.
Com eles, a minha alma também.
Com eles, morri!

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Já conseguiram imaginar a vossa vida sem Música?
É assustador tentar fazê-lo!

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Nós somos filhos do Pecado! Filhos do sangue venenoso que nos corre nas veias. É por isso que é tão difícil não pecar. Quando damos por nós, lá estamos a pecar novamente, a manchar o coração e a sujar a alma.

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Temos de ouvir, de escutar a bendita voz sagrada. De falar com ela, de agradecer, de orar, de acreditar. Porque ela existe e nós... Nós só nos apercebemos disso quando a desgraça e o fim do mundo nos bate à porta. Mas também é preciso saber dar graças pelo que temos e porque estamos bem, porque é aí que se vê a bondade divina... A saúde, o amor, a família (de sangue ou não)!

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Os homens são os pincéis que pintam a tela de Deus. Se és um deles, cuida dos movimentos que fazes!

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Se o vento levasse as doces memórias tal como leva o pó, seríamos todos uns tristes amargos.

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Já olharam para uma fotografia e começaram a chorar?
A fotografia guarda, de maneira tão honesta, um instante, um pedaço de momento, uma lâmina de uma vida.

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O mais difícil é olhar para o espelho e ver quem quero!

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Se não houvesse música, eu já estaria morta.

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Se não posso viver a realidade, deixem-me sonhar com as histórias. 
Um dia, dirão que sou louca. Nesse dia, direi que é mentira, que sou apenas mais uma sonhadora.

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Caramba! E o que seria do mundo sem palavras?
Como seria bom se o mundo fosse poesia!




Vejo inúmeras fotografias da minha tia. Não sei o que pensar, nem o que dizer. Fico sem palavras ao olhar para aquele passado tão dela, mas que preenche este meu pedacinho de presente.
Naqueles dias, eu nem era sonhada na mente dela. Sei que era feliz da maneira como vivia. Consigo senti-lo pela expressão que tinha.
Tudo nela me parece perfeito: os olhos brilhantes e cheios de vida, as mãos pequenas e delicadas e o cabelo solto, natural, misterioso... Olho para ela e vejo alguém que me inspira, que me dá alento e que, acima de tudo, sorri quando me vê! Faz-me sentir segura e amada. Faz-me ser criança outra vez!
Há pessoas que deviam saber o quão importantes são para nós. Apesar de tudo o que lhes dizemos e fazemos, parece-nos sempre que é insuficiente para lhes conseguir explicar este sentimento tão forte, tão (e)terno que temos por elas. Não consigo demonstrar, de forma lógica, aquilo que sinto. Assim como não consigo descrever o que sinto quando alguém me abraça, também não consigo descrever este amor.
Amo-te como se fosses minha mãe. Só te quero ver feliz!
Todas as tias deviam saber o quanto são amadas, porque todas elas amam os sobrinhos como se fossem os seus filhos. Eu sei disso, tia! Tu é que tomaste conta de mim. Tu é que viste o meu primeiro dente de leite cair. Não foste uma ama. Foste uma mãe!
Para todas as tias... um obrigada do tamanho do mundo, do fundo do coração, por serem as mulheres que nos amam incondicionalmente, sem sermos filhos delas!



Há dias em que preciso de música para me arrancar as palavras dos dedos. Outros, preciso apenas do silêncio e de mim, no meu canto, agarrada a qualquer coisa com o coração.
Sinto falta daquele tempo que tinha para me dedicar com toda a calma à escrita e à leitura! Desde que entrei na faculdade este tempo livre esvaeceu e eu tenho deixado tanta coisa por escrever que me sinto a morrer neste aspecto. Preciso, para além de tempo, de algo que me faça acreditar que vale a pena continuar nisto ou se o melhor é continuar a escrever para as gavetas, como tem sido nestes últimos meses. Já não tenho coragem de publicar muita coisa que escrevo e os textos, frases e outros pequenos versos vão ficando fechados no caderno de capa negra. Preciso de ler mais para isto não acontecer tanta vez, mas ultimamente tenho-me sentido tão esgotada, tão exausta, com o trabalho que tenho tido, que sinto que não consigo pegar num livro e lê-lo até ao fim, a menos que esteja de férias! E sinto-me tão, mas tão culpada. Sinto que estou a deixar abrandar esta minha paixão por falta de tempo. Por falta de vida! Estou a ser comida por dentro por um bicho qualquer que desconheço, porque já não tenho a «garra» (não consigo arranjar melhor palavra, desculpem) que tinha dantes, para passar um par de horas agarrada ao lápis e ao papel a escrever e reescrever. Não consigo fazê-lo sem pensar no que ainda tenho para fazer e na monstruosidade de coisas que deveria estar a estudar, em vez de estar agarrada a um bloco de notas com phones nos ouvidos.
Tenho tentado fazer exercício para ver se toda esta ansiedade vai acalmando, mas nem na porra de uma corridinha eu deixo de pensar que estou a ficar sem tempo para fazer os meus deveres. Ainda agora começou o semestre e eu já não consigo adormecer a pensar no dia seguinte. Contrastando, (e vão perceber que sou bem esquisitinha), quando vou a casa de fim-de-semana ou de «férias», fico horas na cama e só me levanto porque começo a ter dores nas costas. Sinto-me sem energia para sair e nem aos jantares de curso (que são das melhores coisas da faculdade e é aquilo que mais gosto) arranjo força para ir! Não me consigo explicar, porque eu gostava mesmo de ir, mas a minha disposição e nível de energia está em baixo e só me apetece hibernar.

*fictício (2012)



Dar Vida. Em conjunto, a dois. Antes de mais nada, ser Vida. Ser verdadeiramente feliz. Depois, alimentar esse amor diariamente com a palavra, a atitude, o respeito, a confiança. Construir um lar, a partir dos alicerces essenciais, ao longo de uma vida fiel. Mais tarde, surgirá a necessidade de não sermos apenas dois, mas três, ou quatro, ou até mesmo cinco. Então, o milagre da vida acontecerá em mim, em ti, em nós. Do nosso ser, surgirá o fruto que, após rebentar o botão, dará origem a uma flor - alguém. Esse alguém será o nosso tudo, o nosso próximo propósito de vida. Trazer ao mundo um nome. Uma história.
Educá-lo e ensiná-lo com amor e toda a disponibilidade materna e paterna. O primeiro sorriso, a primeira palavra! Que alegria única! Depois, o primeiro passo... e a partir daí o tempo voa  como uma gaivota no seu manto azul celeste, sem fim e sem destino. O primeiro dezanove de Março e o primeiro Domingo de Maio no primeiro ano de escola deverão ser inesquecíveis. É a partir daí que, anualmente, os frutos se lembrarão das sementes de uma forma tão genuína, tão deles. Receber um enorme beijo e abraço quando os vamos buscar à escola. O prazer eterno de ouvir aquelas vozes doces e apetecíveis, uns enormes e sentidos «Mãe» e «Pai». Vale a pena viver, se assim amar.
Se assim for, estou tranquila se a existência não passar da existência!
O primeiro dente  a baloiçar. O primeiro caracol de cabelo cortado. O orgulho de conseguir arrancar o dente sem doer «quase nada». O primeiro brinquedo, aquele que não largará nem no banho, aquele que vamos insistir para ele largar mas que será a mesma coisa que falar para um boneco. As imensas fotografias que imortalizarão estes tempos de ouro. O primeiro trambolhão de bicicleta, de patins e de skate. O desenho animado favorito, aquele que lhe servirá de inspiração durante alguns meses. A primeira birra. E a segunda. E a terceira...
O primeiro dia de escolinha. A primeira amizade colorida. A descoberta de que os meninos são diferentes das meninas. As perguntas do porquê de assim ser. As perguntas do porquê de não ser de outra maneira. Os porquês disto e os porquês daquilo... Os porquês que pensaremos não terem fim! O nosso espanto com a inteligência de um pequenote que formula pensamentos tão grandes e questões  tão complicadas de responder.
A seguir, o aparecimento de mais um irmão, mais um fruto do nosso amor. Recebê-lo-emos de coração puro e aberto (mas desta vez, com mais experiência). Será o nosso presente para o primeiro fruto e ele tratá-lo-á como tal. Um sonho realizado, uma vida feliz. Duas existências que não foram em vão. Porque houve um propósito. Porque houve amor. Porque houve frutos.
Os primeiros melhores amigos. As primeiras zangas. As primeiras desilusões. O primeiro desgosto amoroso. As primeiras lágrimas derramadas por um pedacito do coração ter ficado «engripado». Os nossos abraços e outras ternuras inesquecíveis que eles vão precisar nessas alturas. Os nossos sorrisos que pedirão sem falar e que entenderemos pelo olhar. O nosso apoio. O nosso «Vai correr tudo bem!», mesmo que a gente suspeite que não será assim. É preciso acreditar neles e fazê-los perceber que acreditamos mesmo. A nossa esperança de que tudo lhes será possível. A nossa previsão de que serão os nossos heróis, como aqueles da B.D. que lhes dávamos a conhecer quando íam para a cama.
Os primeiros erros. As primeiras indecisões. O verdadeiro stress na escola. A preocupação de subir a média. A profissão por escolher. As dúvidas existenciais. As épocas propícias a pancadas desnecessárias causadas pela entrada em «piloto automático»... enfim, tudo aquilo por que passamos todos, mais ou menos intensamente. As noites em branco, a estudar. As insónias, aquele mau pressentimento que não nos deixa descansar. As figuras de zombie que se fazem depois disto... As nossas reprimendas do costume (que sabemos não terem efeito nenhum... já tivemos a idade deles, de que servem os paninhos quentes?). A universidade por escolher. A vida por planear!
Após inúmeras experiências e memórias incontáveis, chegará o momento de voarem. É a lei da Vida... também já nós voámos! Teremos a sensação horrível de algo tão nosso nos estar a escapar por entre os dedos e não podermos fazer nada! Agora, é a vez deles serem felizes, acompanhados, unindo-se num só, com alguém. Tal como nós, em tempos.
Restamos nós, dois corpos e duas almas. Esperamos os dois pelo último suspiro! Peço que o meu surja primeiro, ou que surjam simultaneamente para não vivermos sós, seja onde for.


 Parava no café quando eu lá estava

Na voz tinha o talento dos pedintes
Entre um cigarro e outro lá cravava a bica
Ao melhor dos seus ouvintes
As mãos e o olhar da mesma cor
Cinzenta como a roupa que trazia
Num gesto que podia ser de amor sorria
E ao partir agradecia
São os loucos de Lisboa
Que nos fazem duvidar
Que a Terra gira ao contrário
E os rios nascem no mar
Um dia numa sala do quarteto
Passou um filme lá do hospital
Onde o esquecido filmado no gueto entrava
Como artista principal
Compramos a entrada p'ra sessão
Pra ver tal personagem no écrã
O rosto maltratado era a razão de ele
Não aparecer pela manhã
Mudamos muita vez de calendário
Como o café mudou de freguesia
Deixamos de tributo a quem lá
Pára um louco
A fazer-lhe companhia
E sempre a mesma voz o mesmo olhar
De quem não mede os dias que vagueiam
Sentado la continua a cravar beijinhos
Às meninas que passeiam.


Não sei se estão a ver aqueles dias
Em que não acontece nada sem ser o que aconteceu e o que não aconteceu
E do nada há uma luz que se acende
Não se sabe se vem de fora ou se vem de dentro
Apareceu

E dentro da porção da tua vida, é a ti
Que cabe o não trocar nenhum futuro pelo presente
O fazer face a face que se teve até ali
Ausente, presente

Vê lá o que fazes, há tanto a fazer
Fazes que fazes ou pões sementes a crescer?
Precisas de água
Terra também
Ventos cruzados e o sol e a chuva que os detém
Vivida a planta
Refeita a casa
É o espaço em branco
Tempo de o escrever e abrir asa
E a linha funda, na palma da mão
Desenha o tempo então
Desenha o tempo então

Mas há linhas de água que cruzas sem sequer notares
E oh, estás no deserto
E talvez no oásis, se o olhares
E não há mal, e não há bem
Que não te venha incomodar
Vale esse valor?
É para vender ou comprar?

Mas hoje questões éticas?
Agora?
Por favor
Que te iam prescrever
A tal receita para a dor
Vais ter que reciclar
O muito frio e o muito quente
Ausente
Presente

Vê lá o que fazes, há tanto a fazer
Fazes que fazes
Ou pões sementes a crescer?
E a linha funda, na palma da mão
Desenha o tempo então
Desenha o tempo então

Um curto espaço de tempo
Vais preenchê-lo
Com o frio da morte morrida
Ou o calor da vida vivida?
Não queiras ser nem um exemplo
Nem um mau exemplo
Por si só
Há dias em que é grão da mesma mó

E a senha já tirada
Já tardia do doente
Dez lugares atrás
E pouco a pouco à frente
E cada um falar-te das histórias da sua vida
Feliz, dorida

Vê lá o que fazes
Há tanto a fazer
Fazes que fazes
Ou pões sementes a crescer?
Precisas de água
Terra também
Ventos cruzados
E o sol e a chuva que os detém
Vivida a planta
Refeita a casa
E espaço em branco
Tempo de o escrever e abrir asa
E a linha funda, na palma da mão
Desenha o tempo então
Desenha o tempo então

E explicaram-te em botânica
Uma espécie que não muda a flor do fatalismo
Está feito
E se até dá jeito alterar
Só por hoje o amanhã
Melhor é transfigurar o amanhã com todo o hoje
E as palavras tornam-se esparsas
Assumes
Fazes que disfarças
Escolhes paixões
Ciúmes
Tragédias e farsas
E faças o que faças
Por vales e cumes
Encontras-te a sós, só
Grão a grão
Acompanhado e só
Grão da mesma mó
Grão da mesma mó
Grão da mesma mó
Grão da mesma mó


 




Agora, como alguém me disse, é preciso aproveitar as asas e voar em direcção aos sonhos, vencendo os ventos fortes!

(Fotografia da minha autoria. Por favor, não a utilizar sem autorização prévia.)
Vou descobrir o meu mundo. Por ruas de cidades clássicas visitarei todos os alfarrabistas que encontrar. Com uma máquina fotográfica sempre comigo para registar os momentos mais marcantes que um dia recordarei com nostalgia... Um caderno e um lápis, materiais indispensáveis para mim, servem para não deixar fugir as palavras apressadas que chegam das experiências fantásticas e insistem em partir de imediato.
Há que seguir para a frente, para os lados, para cima, para o Mundo! Deixar o medo em casa e aventurar-me à Vida! Ela é tão bela e tantos a vê-la passar pela janela, alheios à fuga da felicidade. Não! Vamos. Vamos para a rua. Vamos conhecer. Que venham ruas novas e encantadoras, gente diferente, com quem possamos aprender algo. Sejamos aquele(a) que quer mais. Que faz por ter e por ser mais! Só a viver se aprende a viver. Por isso, vivamos todos para sabermos viver!
Que sejamos a pessoa que se lança no conhecimento e que chega longe por seu pé. Que sejamos o vencedor que alcança vitória depois do esforço árduo e do empenho aplicados numa batalha.
Jardins frescos para descansar, para me deitar ao lado do rio, sentir a brisa que me deseja e desejar a brisa que me sente. Entrar mais na Natureza e inserir o meu ser com a(s) existência(s) que me rodeia(m)... Estar em harmonia com o cosmos. Desfrutar do que há agora e das memórias que tecemos ao longo de jornadas impensáveis e fantásticas. Levar o melhor das pessoas connosco e deixar para trás, no esquecimento, aquilo que não é tão bom! Partilhar o que vivemos, ensinar o que aprendemos e continuar a viver neste ritmo maravilhoso e nesta experiência que é conhecermos melhor a nossa pessoa e o mundo que nos foi dado para respirar.


Não compreendo o amor.

Coração e pensamento em alvoroço
Sem saber o que realmente sinto.

Agonias, sinto.
Mas o amor?
O que é o amor?

Não compreendo o amor.

O amor compreende-se?

(data de 2014)

Há um certo e misterioso encanto nos livros mais antigos: a história que está por trás de cada um desses objectos místicos, as rugas dos rostos que já os leram, as mãos que já lhes pegaram, as vidas que por eles já passaram, os nomes e os apelidos de quem lhes pertenceu. Porque nós é que pertencemos aos livros e não o contrário.

Nós é que caímos nas suas páginas em jeito de salvação. Nós é que nos agarramos às suas histórias como que a uma bóia, fugindo do afogamento que é a ignorância e algumas das porções de realidades.

Nós é que, nas vicissitudes que a vida e a morte nos trazem, pertencemos inevitavelmente aos livros, a todos os livros, mas a uma una história - a do (Uni)Verso.


I see the way you move

It's fluid
Be here by my side
Got nothing to hide
I know that you're hurting
I see the tears behind those eyes
And I can't wipe them clear
Your love is like gold to me
But you hold me closer to the light
With the final bullet inside
Oh, I'm surrounded by
But you throw me into the deep end
Expect me to know how to swim
And I put my faith in someone else
'Cause I will be just fine
Welcome to the jungle
Are you gonna dance with me
Welcome to the jungle
You got to close your eyes and see
Welcome to the jungle
Are you gonna dance with me
Well, hold on, well, hold on
Suit and tie with the black jeans on and I'm paralyzed
'Cause I think you got something like the biggest soul I've ever seen
And I think you're the one
Suit and tie, with the curly hair making your way with that step and stare
So tell me real, do you feel anything
Ashes to ashes
And the embers are ablaze
Oh, I gotta rise among you, though then I think about your face every day
But you pull me closer to the light
You wouldn't find a bullet inside
Only if you magnify
Welcome to the jungle
Are you gonna dance with me
Welcome to the jungle
You got to close your eyes and see
Welcome to the jungle
Are you gonna dance with me
Well hold on, well hold on
Ilustração retirada do Pinterest.


Há pessoas que nos despem a alma, que conseguem perceber quem somos e o porquê de o sermos! Há pessoas que, quando nos agarram as mãos com a sua vida e o seu sorriso, nos fazem sentir amados, únicos e úteis neste mundo. A sensação de pertencer a algum lado. Há olhares que nos ficam gravados em pedaços de memória e que nos chegam ao mais profundo do nosso interior. Há sorrisos que nos fazem sorrir! E esses, querida amiga, são aqueles que nos fazem voar nas asas de um sonho, são de quem não conseguimos viver com a sua ausência, são os sorrisos delas e são também a nossa vida!
Há amor que não se confunde e há pessoas que amamos verdadeiramente, não havendo qualquer dúvida disso. Há actos que não se explicam, e outros que simplesmente completam o sentido das palavras únicas do mundo que são cuidadosamente escolhidas por quem as declama, como num poema de amor cantado nos crepúsculos e nas auroras frescas em cima de um terraço. Há alegria que é causada pelos momentos e há felicidade que é criada pelas pessoas inesquecíveis.
Daria, sem margem de dúvida, a minha vida por pessoas assim, pelas pessoas que me fazem sentir amada, mas mais importante, pelas que amo!


Em dias de Saudade, percebeu que o que sentia agora já não era amor! Percebeu que o amor morrera e que o que reinava agora em si eram apenas memórias desvanecidas de um tempo que não tinha regresso!
Em dias de Saudade, ela desesperava, respirava fundo e voltava a si. Depois, fugia outra vez do calor de corações!
Em dias de Saudade, desistiu de relembrar o amor e de amar. Não conseguia fazê-lo com mais ninguém. Estava tão presa ao que já não existia que se tornou incapaz de ser feliz com outro alguém!



Eu morria e a minha neta lia as palavras que eu havia escrito em vida.
Eu morria e a minha neta contava-me as minhas histórias.
E ela não sabia a felicidade que me proporcionava naqueles momentos tão agoniantes. Eu estava a morrer e estava a morrer feliz! A minha neta estava a ler-me e estava a ler-me feliz! 
Eu tinha uma vontade inexplicável de lhe agradecer e dizer o quanto era bom morrer a ouvir poesia, mas as minhas forças não o permitiam. Não sei que expressão tinha em meu semblante... se caracterizava o meu estado de espírito maravilhado ou se transparecia as dores do meu corpo já velho e gasto. 
Não conseguia falar, nem mexer as mãos para agarrar as dela. Queria tanto oferecer-lhe um último sorriso e espantar as lágrimas que lhe choviam dos olhos, numa tempestade incontrolável e num desespero mudo! A sua voz tremia ao som da melodia de prosa e poesia molhadas de água pura. As suas mãos vacilavam, jovens, incertas e cheias de dúvidas para com a vida. O seu rosto, tão belo como o da sua mãe, brilhava num tom natural de quem tem coração de ouro! 
Os meus olhos seguiam-na, incansáveis e já nostálgicos, com medo de a perder! 
Percebi que eu não a estava a perder... ela é que me perdia a mim!


A capacidade para ver o mundo com outros olhos está a esvaecer por entre as «brumas de uma memória» que parece apagada também. Há falta de vontade de continuar, por algum motivo. Há, em casos mais graves, falta de vontade de começar. E é isto que me assusta! 
Como pode um povo sobreviver sem cultura? 
Como pode um povo viver sem valorizar aquele que dá conteúdo, em matéria e em sonho, ao Amanhã? 

Eu acho que NÃO pode.

É verdade que é o professor que ensina o aluno a pensar e, mais importante, a valorizar o saber pensar!

Mas também é verdade que o professor, sozinho, sem auxílio da vontade do aluno e com acréscimo das desvantagens diárias desgastantes que o rodeiam atualmente não consegue fazer o seu trabalho, ou, se consegue, com menor rendimento do que o dito «normal».

Precisamos de professores que nos incentivem, mas também precisamos de alunos que dêem aos professores vontade de continuar.

Sabemos nós que os professores são heróis, não deuses e, por isso, capazes de grandes feitos, não de milagres.

Pergunto então porque é que esta profissão está a ser cada vez mais desprezada, se é com ela que se fazem mundos...


- Se eu fosse inventor, seria inventor de cidades! - dizia o João com grande entusiasmo - Um grande inventor de cidades. Desenharia Veneza de manhã, Paris à tarde e Londres à noite!
- E como pintarias Veneza, meu pardalucho? - perguntava a avó encantada com a determinação espantosa do seu neto.
- Com tintas, avó! E com alma, como todos os pintores famosos.
- Que artista! E Paris?
- Em Paris desenhava um «A grande» de ferro e um rio de água muito azul, com barquinhos pequeninos a nadarem à sua volta...
- Mas os barquinhos e a água muito azul são de Veneza, João!
- Oh avó, eu não te disse que ia ser inventor? Estou a inventar... Paris não se chamava Paris, mas sim Sirap, Veneza seria Azenev e Londres seria Serdnol!
- Que nomes tão estranhos, João!
- Não são nada! São os nomes das cidades ao contrário!
- Ah, estou a ver... muito original, sim senhor!
- Eu disse-te, avó, eu ía ser um grande inventor de cidades.
- Oh João... e países? Não queres inventar países também?
- Não, avó. Os países são muito difíceis. Têm  muitas cidades e depois eu ficava muito cansado.
A avó, deliciada com a autonomia do seu João, deixava-se levar pelas histórias que nasciam naqueles diálogos extraordinários.
- Tens razão, João! É muito importante descansar e ter tempo para dedicar à família e aos amigos!
- Não te preocupes, avó! Eu não vou fazer mais do que uma cidade por semana... e à tarde, quando sair do meu trabalho, venho visitar-te e contar-te que cidade é que estarei a inventar.
A avó deixou-se em silêncio, a sorrir e a sentir o seu João a crescer, a crescer até ser mais alto do que ela. O pequeno agarra numa folha branca, num pincel, nas aguarelas e no copinho com água e afirma com uma espontaneidade maravilhosa:


- Avó, avó, já sei! Hoje, vou inventar uma cidade inteira e vai ser a mais bonita do mundo. Vou chamar-lhe «A Cidade das Avós»!


Ouço um silêncio que me assombra nesta noite. O tiquetaquear do relógio faz-me tremer e leva o meu estômago a dar sinais de ansiedade. O crepitar de objetos perdidos no quarto, as asas de uma mosca, o deslizar do carvão no papel, a minha voz baixa e trémula que se deixa sair cansada.

Ouço-o com mais e pormenorizada atenção: um segundo relógio – o relógio de pulso – que está nas gavetas ao fundo do quarto, um carro ou outro que passam na estrada longínqua e um nada, um zumbido fino e oco que me atravessa a cabeça da direita à esquerda, de cima a baixo, sem deixar rasto na minha imaginação…

Ouço os sonhos dos sonhadores, os pensamentos dos pensadores… Ouço as estrelas a brilharem, o sol a explodir, a lua a cantar e o universo a expandir. Ouço os buracos negro
s a sugarem a luz e o barulho inexistente do cosmos, as galáxias jamais conhecidas, outros buracos negros, mais luzes, mais estrelas, luas, sóis e planetas. Tudo! E, ao mesmo tempo, Nada!

Ouço-me a mim, o som mais difícil de ouvir, mais difícil de chegar, de encontrar. De entender.

Fiz-me gritar. Sem som.

E sem som, ao gritar, consegui ouvir-me!


Digo-te adeus agora
Porque tenho de crescer
E chegou a hora.

Tenho de saber viver
Com os adeus porque
Eles fazem parte deste
Sopro alheio que respiramos.

Já te prendi comigo
Demasiado tempo!
Não percebi que tinhas
De ir. De partir.

Estavas comigo o tempo
Todo e não me dizias que era
Hora. Hora de esperares por
Mim lá onde tens de esperar.

Lamento ter demorado
Tanto tempo para te
Libertar deste peso que é
A minha vida para ti!
Assim, de ti me despeço,
De ti me separo de vez!
Adeus!
Adeus!


Querido...
Primeiro de tudo,confia em ti!
Confia em ti porque precisas disso e, se não confiares em ti, como cativas a confiança do outro?
Confia porque te tornas VULNERÁVEL! Pode ser bom. Pode ser mau. Mas tens de acreditar que o mundo foi feito para nós e é um desperdício viver só! Fomos feitos para acreditar, para ter fé. E só assim poderás afastar a solidão triste que acompanha a desconfiança!
Confia porque terás motivos para sorrir e para fazer sorrir.
Confia porque será um gesto muito teu, muito importante, para fazeres crescer um jardim no teu coração.
Confia porque aprenderás a voar sem asas.
Confia porque aprenderás a ser Humano.
Confia porque quem confia é mais feliz.
E se correr mal (porque pode correr), não feches os olhos... Acontece o que tem de acontecer por algum motivo. Não julgues o resto do mundo porque UM te fez acreditar que não valia a pena!
Eu sei que quando te tiram o mundo, ficas sem chão, sem onde pousar os pés.
Perguntas ao Inverno por que é ele tão frio em ti! E ele, de tão gélido que é, não te responde e ainda te pisa os dedos já feridos.
Não consegues perceber a razão de todo o abismo que se instala repentinamente. O resto não importa e só queres deixar de viver. Com o mundo em cima de ti, vês-te sozinho e não te consegues levantar.
Pensavas que, se não fosse para amar, nada valeria a pena. Hoje, fizeram-te acreditar que o que não vale a pena é amar. E é tão triste pensar assim! É tão triste estar triste!
O que eu dava para te dizer que estou aqui para ti! Que te amo, independentemente do que possa acontecer amanhã, quando virmos o sol.
Disseram-te para não te agarrares tanto às pessoas. Tentaste, mas não conseguiste! É inevitável, eu sei! Para onde quer que vás, terás necessidade de te prender a alguém. De agarrares alguém com a tua vida. É humano precisares de um pilar. De um alicerce que te sustente os pés quando perdes a força e cais.
De tanto andares, parece-te que já não é fiável ter alicerces, porque também eles podem cair ou, no pior dos casos, serem eles mesmos a derrubarem-te, por mais inacreditável que te parecesse até então! Aí, perdes o poder de confiar. Quando perdes isto, perdes o mundo. Quando te tiram isto, tiram-te o mundo. Mas as coisas acontecem e todos erramos!
Por isso te peço, meu doce, que não deixes de acreditar. Não deixes de acreditar que faz bem acreditar. Nunca!
Quero que sejas feliz na tua linda e longa vida. Quero que um dia digas que valeu a pena e que acredites que amar é de facto o que te faz continuar por aqui! E que, se não fosse para amar, tudo seria em vão!
Pois agora digo-te eu (e isto vale o que vale) que, por mais impensável, por mais impossível que possa parecer, há sempre alguém em que mereces confiar.
Hoje, não te escrevo palavras bonitas nem organizadas. Mas escrevo-te com esperança de que acredites!
E acredita, meu amor, que a vida é tão mais bonita quando confias! A vida é tão mais bonita quando tens alguém ao teu lado!
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