Pedaços de um passado - parte 3 (excertos perdidos e isolados dos meus cadernos antigos)


Amanhece devagar.

O sol beija as colinas e cobre-as de um orvalho diamantino.

Ouvem-se as rolas a cantar o segredo da manhã.

A vida muda num instante e quando damos por isso estamos a ser os adultos que não queríamos ser. Cada um de nós define a sua liberdade consoante as suas posses e os seus gostos.

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Entre o início e o fim não está o meio. Estão coisas, muitas coisas... está muito mais do que um simples meio. A vida, por exemplo... ela começa e acaba, mas entretanto a vida vai acontecendo feita de meios.

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Foi uma dor tão grande que quis deixar de sentir, deixar de amar para não doer. Quis fugir dali, das lágrimas que eu engolia e dos sorrisos forçados que fazia.

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morrer rápido, cedo e depressa.

eles esquecem-se que sou uma mulher.

não fui feita para amar. fui feita para sorrir.

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Apaixonei-me por ti no momento em que tocaste para mim. Aí, o meu coração caiu.
Amei-te no momento em que fingiste que não me viste.

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Perdi-te em tristes baladas nocturnas
Nas noites chuvosas de Janeiro, soturnas.

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Entre uma palavra que me cala
e outra que me enlouquece
está um suspiro derretido
que me não deixa viver.

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Sou flor de Primavera no teu jardim
concha e búzio na areia do teu mar.
Pega-me, cuida de mim,
leva-me para amar.

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És floco de neve no meu Inverno
Brisa quente nas tardes de Outubro
Derreto-te no meu coração eterno, rubro.

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Fecha os olhos. Abre o coração. Deixa Coimbra entrar. Foi Coimbra que me deu à luz, berço de minha alma.

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