Cheguei a ter medo de escrever.
Medo de escrever pelo facto de as pessoas poderem associar determinados textos à minha vida, quando muitas das vezes não era isso que acontecia, embora houvesse sempre um texto ou outro mais real do que outro. Mas agora que penso detalhadamente sobre isso, percebo que daquilo que tinha realmente medo era do que as pessoas iriam pensar, não era de escrever.
Medo de escrever pelo facto de as pessoas poderem associar determinados textos à minha vida, quando muitas das vezes não era isso que acontecia, embora houvesse sempre um texto ou outro mais real do que outro. Mas agora que penso detalhadamente sobre isso, percebo que daquilo que tinha realmente medo era do que as pessoas iriam pensar, não era de escrever.
Deixei de fazê-lo frequentemente por causa disso, por causa dos outros e do que pudessem pensar, tanto que acabei por abandonar o meu blogue antigo e extinto (Aguarela). Percebo que houve uma evolução da minha personalidade neste aspecto. A liberdade de expressão existe, felizmente! E eu nunca faltei ao respeito a ninguém pela minha escrita. Eram textos meramente criativos, nada mais. Afinal, eu tinha medo da crítica e da associação à minha vida pessoal, por escrever muitas vezes na primeira pessoa (chegava a deixar uma nota no final de cada texto, precisamente para deixar claro que o texto era fictício). Mas adorava fazê-lo dessa forma, pois era a maneira que eu sentia ser mais fácil de criar algum texto.
E hoje pergunto-me a mim mesma... porque raio foste tu parar de fazer algo que amas mais do que tudo só por causa do pensamento alheio? Porque raio foste tu deixar de escrever tão frequentemente só porque as pessoas podiam associar à tua vida?
Depois pensei... primeiro, escrevo porque amo este gesto e tudo o que ele envolve e a ele está associado.
Segundo, escrevo o que, quando e sobre o que bem me apetecer, porque não estou a colocar ninguém em causa, são coisas que não atentam contra ninguém e escrever é também um caminho a percorrer na minha forma de expressão e libertação.
E hoje pergunto-me a mim mesma... porque raio foste tu parar de fazer algo que amas mais do que tudo só por causa do pensamento alheio? Porque raio foste tu deixar de escrever tão frequentemente só porque as pessoas podiam associar à tua vida?
Depois pensei... primeiro, escrevo porque amo este gesto e tudo o que ele envolve e a ele está associado.
Segundo, escrevo o que, quando e sobre o que bem me apetecer, porque não estou a colocar ninguém em causa, são coisas que não atentam contra ninguém e escrever é também um caminho a percorrer na minha forma de expressão e libertação.
Terceiro, e como todos sabem, há histórias reais e fictícias. Um escritor, numa obra sua, certamente não se baseia inteiramente na sua vida. Pode ter, é certo, aspectos em que se inspirou, ou algo que sentiu e quis descrever, mas não é um relato dos detalhes do seu caminho, a menos que seja uma autobiografia.
Escrevam muito, se sentem que é o que vos traz felicidade e paz de espírito, desde que essa liberdade de expressão não interfira com a liberdade de outrém.
Escrevam muito, se sentem que é o que vos traz felicidade e paz de espírito, desde que essa liberdade de expressão não interfira com a liberdade de outrém.
3 Comments
É isto... Escrever o que se quer e como se quer. Eu percebo este medo, porque também já o tive, mas, apesar de o blogue ser anónimo, escrevo sobre a minha vida também, mesmo quando sei que alguém poderá identificar-se ou até associar, mas se eu sinto e tenho esta liberdade, eu faço-o :)
ResponderEliminarUm beijinho, querida Mary *
EliminarNuma fase inicial, também ponderei se deveria ou não partilhar determinado texto, porque havia esse receio de o colarem à minha vida. Mas a verdade é que as pessoas, no geral, podem sempre distorcer as nossas palavras, mesmo que não o pretendam fazer por maldade. E não seria benéfico limitarmo-nos por esse medo. O que importa se acharem que determinado texto pode falar sobre a nossa vida? O importante é nós estarmos de coração tranquilo.
ResponderEliminarNão deixes de escrever por nada, minha querida ♥
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