O amor pelos livros está na tinta de cada letra impressa e no papel de cada folha escrita, no aroma que se espalha no ar quando os folheamos e no restolhar ao virar uma página. Todos nós habitamos as páginas dos livros de alguma forma particular. A leitura faz-se de amor, constância, reflexão e empatia.
O mundo das letras sempre me despertou um fascínio diferente, intenso, apaixonante. Sempre gostei de ler e de escrever, mas recordo que mais cedo surgiu o vício da escrita. Depois, lá pelos 11/12 anos, a leitura passou de passatempo a vício também. E acreditem que aqui é preciso sorte. É fundamental que os primeiros contactos com a leitura sejam prazerosos, agradáveis, estimulantes e desafiantes para que o interesse e desejo se mantenham e desenvolvam futuramente.
Desde a invenção do livro na antiguidade ao mais recente crescimento do mercado literário (quer se reflicta em novos autores e editoras, quer num aumento do número de vendas), aconteceu a História do Livro, como objecto propriamente dito, esse artefacto fascinante que inventámos para que as palavras pudessem viajar no tempo e no espaço, atravessando gerações.
Gosto sempre de saber mais e discutir sobre a sua origem, a sua evolução e as suas inúmeras formas ao longo de mais de 30 séculos (livros de fumo, de pedra, de argila, de papiro, de seda, de pele, de árvore, de plástico e, agora, de ecrãs) e ainda sobre as invenções do papel, das letras, dos alfabetos, das imprensas, dos livros, das livrarias, do negócio do livro.
Assim, decidi começar uma fornada de publicações desta forma, pela partilha daquilo que nos é comum e nos une - a paixão pelos livros e o prazer da leitura.
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