Episódio da Prova Oral sugerido por alguém muito querido. Neste podcast, a Biblioterapeuta Sandra dá-nos a conhecer um pouco mais esta terapia que muitos fazem, por vezes sem associar directamente à ideia terapêutica. No entanto, a Biblioterapia propriamente dita, exige a recomendação de determinados livros, por parte de um Biblioterapeuta, a alguém, com base na sua história individual, nas suas dificuldades e nas suas conquistas.
A verdade é que acabamos por crescer sempre um pouco mais a cada livro que lemos e sentimos que não estamos sós em determinadas situações, nem somos os únicos com conflitos intra e interpessoais.
Tenho quase a certeza que todos vocês (ou pelo menos a grande maioria) já leu um livro que vos marcou de forma diferente, de um modo mais íntimo, por qualquer motivo. Há livros que lemos com um fim de lazer, outros para a nossa instrução e alguns para nos autoconhecermos. Acontece que acaba por se dar tudo ao mesmo tempo, se pensarmos bem.
A Sandra diz-nos que a Biblioterapia pode ter cerca de quatro fases:
1) Identificação (ou não) com o texto;
2) Catarse: o momento em que nos libertamos de um peso, por assim dizer, em que através da identificação, nos sentimos menos sozinhos no que diz respeito a determinadas emoções e sentimentos;
3) Discernimento: confrontando o que se lê com o que conhecemos de nós, percebemos melhor quem somos;
4) Universalização: percebemos que não estamos sós, que não fomos os únicos em determinado contexto ou a passar por certa situação.
Foi um esclarecimento que me elucidou bastante, mas tudo me faz sentido naturalmente, isto é, não conhecia estas quatro fases concretas, mas sinto que acontece isso vezes sem conta, sempre que leio. É como se soubesse sem saber.
Colocam então a questão se um livro pode mudar uma vida. Concordo plenamente com a resposta de Sandra. Depende da sensibilidade de cada um. Há pessoas mais sensíveis à música, outras ao cinema, ou ao teatro, ou às artes manuais, como a pintura, escultura... enfim tantas as artes que temos neste mundo que usamos para nos expressar e para nos alimentar a alma e o coração.
Eu, tal como a Sandra, sou mais sensível às palavras escritas, lidas e ouvidas, talvez por isso também a música me diga muito. Sinto que tenho livros e músicas que mudaram a minha vida e, talvez um ou outro filme. Mas sinto-me mais compreendida e menos sozinha quando leio e quando ouço música.
Não é que não dê valor às restantes artes, porque lhes dou todo o mérito merecido bem como aos artistas, mas identifico-me mais com umas do que outras e isso é perfeitamente natural e incrivelmente bonito - sermos tão diferentes e ter interesses tão diversos que faz de nós uma miscelânea encantadora.
Deixo-vos o vídeo com o podcast completo.
2 Comments
Isto é maravilhoso! Tenho que ir ouvir o vídeo *-*
ResponderEliminarPessoalmente, também sou muito ligada às palavras. E tanto a literatura como a música têm um enorme peso no meu percurso
Beijinho grande, minha querida ♥
Ahahah, eu também achava que eras mais para as palavras :)
EliminarBeijinho*
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