Não foi a minha estreia na Literatura Russa. Já li Tolstoi e gostei mesmo muito. A única dificuldade nos russos é mesmo habituarmo-nos à lógica dos patronímicos.
Do século XIX, é uma obra que nos apresenta Bazárov, um rapaz niilista, de personalidade robusta, pensamento crítico e extremamente curioso.
Bazárov acompanha o seu amigo Arkádi até à sua casa, nas férias, onde vive o seu pai viúvo e o seu tio, ambos homens de uma certa idade e um deles bem mais conservador e resistente às ideologias mais ousadas. É este choque de pensamento, ideias e personalidade que vai originar uma tensão e alguns atritos entre Bazárov e Pável Petrovitch, tio de Arkádi, que insiste em considerar o amigo do sobrinho um sujeito rebelde e desrespeitador, apesar da insitência do jovem em tentar explicar a sua posição, referindo o verdadeiro sentido do niilismo. Mesmo assim Pável não aceita essas afirmações como verdadeiras e considera-o sempre alguém sem valor, dando um tom depreciativo a tudo o que seja relacionado ao niilismo.
Não fosse a sua pouca sorte na saúde, Bazárov tornar-se-ia certamente um grande pensador da sua época, mas quis o destino que a sua vida não chegasse tão longe.
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Estou a aproveitar 2020 para ler autores que nunca li. Fevereiro foi o início do segundo semestre e esta foi uma das obras analisadas em Arte do Romance, com o Professor Rogério Casanova.
Primeira obra de Jane Austen que li.
A família Bennet encontra-se desesperada porque com cinco filhas nenhuma delas é casada e, segundo as leis de então, quando o pai falecesse, estas ficariam sem direito aos bens uma vez que estes passariam a ser herdados por um membro familiar masculino, que neste caso, era alguém mais afastado. Talvez esta seja a primeira crítica presente na obra, entre outras que se referiam à ganância, à loucura das mulheres para se casarem por interesse devido a essa forma de sustento.
Elizabeth recusa-se a casar sem se sentir verdadeiramente apaixonada, sem encontrar alguém que corresponda com os seus valores e princípios criticando esse acto interesseiro constantemente, que lhe causa repulsa.
Certamente, já ouviram falar de Mr. Darcy, cavalheiro que terá atritos com a jovem Elizabeth. Gradualmente, vai nascendo uma empatia e profundo respeito mútuo, mas não sem antes ocorrerem situações desagradáveis que aparentarão o oposto da verdadeira intenção, o que colocará à prova o carácter de ambos, mas levará a um desfecho pacífico para todos.
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A minha primeira leitura de Gabriel García Márquez. Breve, mas intensa, esta obra narra com muito throwbacks a história do assassinato de um homem, Santiago Nasar, acusado de «roubar» a virgindade de Angela Vicario. Durante toda a narrativa procura-se descobrir a verdade que parece estar já ao virar da esquina, no entanto, há sempre pontas soltas e o enredo acaba por nunca descobrir nem desvendar se a acusação fora verdadeira. Mas quem o acusou? Porquê? São estas as perguntas que vão tendo resposta ao longo dos capítulos, deixando o leitor sempre desconfiado, até se mostrarem as opiniões de cada personalidade interveniente que são questionadas acerca do acontecimento passado, como se se tratasse de uma entrevista para a descoberta de eventuais factos que não conseguiram impedir a morte de um homem muito provavelmente inocente. Morreu sem saber o porquê de o matarem. Sofreu nas mãos de quem julgava fazer justiça. Ainda hoje permanece uma pergunta sem resposta certa.
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I told another lie today And I got through this day No one saw through my games I know the right words to say Like "I don't feel well" "I ate before I came"
Then someone tells me how good I look And for a moment For a moment I am happy But when I'm alone No one hears me cry
I need you to know I'm not through the night Some days I'm still fighting to walk towards the light I need you to know That we'll be okay Together we can make it through another day
I don't know the first time I felt unbeautiful The day I chose not to eat What I do know is how I changed my life forever I know I should know better There are days when I'm okay And for a moment For a moment I find hope But there are days when I'm not okay And I need your help So I'm letting go
I need you to know I'm not through the night Some days I'm still fighting to walk towards the light I need you to know That we'll be okay Together we can make it through another day
You should know you're not on your own These secrets are walls that keep us alone I don't know when but I know now Together we'll make it through somehow Together we'll make it through somehow
I need you to know I'm not through the night Some days I'm still fighting to walk towards the light I need you to know That we'll be okay Together we can make it through another day
TU ÉS A TUA PRÓPRIA ÂNCORA ⚓
És tu quem tem o poder de te agarrar a ti mesmo quando cais ou quando te sentes a ir para a escuridão do fundo do mar. És tu a força que agarra o teu barco quando rebenta uma tempestade porque tu és força, força, força, mesmo sem o saberes.
Rumo ao Farol é, ao que parece, um dos romances de Virginia Woolf que é mais conhecido no mundo. Esta obra do século XX, modernista, conta-nos a história da família Ramsay, que passa férias na Ilha de Skye.
O desejo do pequeno James é visitar o farol, no entanto vê sempre uma impossibilidade de fazê-lo porque, segundo o pai, «vai estar mau tempo», e esta desculpa vai sendo dada durante demasiado tempo. Esta expectativa só é cumprida anos mais tarde, quando tudo é já diferente e membros vários da família e do círculo convivente estão já ausentes ou distantes.
Incrível como uma narrativa pode girar em torno de uma meia, tricotada por Mrs. Ramsay, enquanto esta está presente e de um quadro, pintado por Lily Briscoe, que encerra a história.
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Fechem os olhos e sintam o tango a percorrer-vos o corpo.
Este pequeno mundo criado por Afonso Cruz é maravilhoso, especialmente para quem já leu as obras literárias que nos são apresentadas ao longo da narrativa.
Elias Bonfim, um rapaz que recebe as chaves do sótão do seu pai, embarca em aventuras entrando literalmente nos livros, isto é, Elias, quando começa a ler, entra para o livro, para a história, numa busca constante pelo seu pai, escriturário das finanças e apaixonado por livros, que desaparecera misteriosamente, sem explicações.
Paralelamente a essas aventuras, Elias Bonfim fala-nos da escola e da sua paixão - Beatriz. É bonito como se verifica a evolução das relações de amizade e ao mesmo tempo sufocante como se toma consciência de erros fatais e ainda de como uma consciência fica pesada com a culpa após uma tragédia real.
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