Sintra. 2010. Fotografia tirada pelo meu irmão. |
agarraram os meus braços e
amarram as minha pernas às
raízes da árvore que eu não escolhi
foi como um suicídio forçado
absorvi, contrariada e angustiada,
o sangue da planta
nas minhas veias corre uma
seiva velha, centenária
que me chupa a vontade
de ir mais longe
envelheci com as ervas
em dias gélidos e noites cerradas
perdi o jeito da Vida e
ganhei o gesto do Acaso
desfiz-me em flocos de neve
desfiz o mundo de lã
em pedaços de algodão
por fim
amanheci
3 Comments
Por vezes, ficamos presos a bases que não são as nossas. E isso consome-nos por dentro. Até ao momento em que libertamos as amarras e passamos a olhar para tudo aquilo com uma mente mais aberta. Talvez nem sempre consigamos ver a beleza das coisas, porque nos forçam a ficar.
ResponderEliminarO poema está fabuloso!
r: Sim, sem dúvida! É a demonstração de que crescemos e que fomos capazes de avançar.
ResponderEliminarOra essa, não tens que agradecer :)
Belo poema. Adorei :)
ResponderEliminarBeijinho
https://diamonds-inthe-sky.blogspot.pt/
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