The Ginger Bookworm


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A História do mundo, da civilização, da evolução da sociedade pode também ser revelada através de obras literárias, basta termos em conta a Bíblia, onde podemos, sob muitas camadas, observar a progressão dos acontecimentos ao longo dos séculos. Alberto Manguel faz referência a inúmeras obras, principalmente os grandes clássicos mundiais ("Odisseia" e "Ilíada", de Homero; "Ulisses", de Joyce...) e aquele que é conhecido como o livro ainda vivo mais antigo do mundo ("Epopeia/Épico de Gilgamesh"). Coincidência ou não, estas foram obras que quis adquirir este ano porque acho que devem fazer parte da minha Biblioteca, são as bases de tudo aquilo que admiro e me apaixona. São livros que demoram a ler, a interpretar, a absorver, mas que valem cada segundo. Claro que há a menção a outros autores, mas faz-me sentido destacar os maiores e mais conhecidos.


Alberto Manguel sublinha também a importância de outras artes, como a pintura e o cinema, e estabelece uma relação com a sua perspectiva. O contexto histórico, geográfico e cultural de cada livro indica-nos muito mais do que aquilo que possamos pensar. Há muito tempo que queria ler Alberto Manguel pelos seus títulos obviamente sedutores para quem adora livros e sendo esta a minha estreia com o autor ganhei a vontade e a certeza de que as suas obras virão para minha casa um dia.


O autor estabelece relações várias, pensa e desdobra o pensamento sobre a experiência do Homem no planeta Terra, enquanto ser individual e também social, sobre a construção de uma sociedade, as suas bases, os alicerces que sustentam aquilo que irá ser um bom ou mau edifício metafórico das camadas civilizacionais.


É brilhante na sua apresentação e exposição de ideias e argumentos. Faz-nos parar muitas vezes a leitura para imaginarmos o que seria então viver no tempo e lugar X ou Y, o que seríamos nessa altura, como seria a vida em sociedade, que tipo de papel ou participação se teria na mesma, entre tantas outras questões. Depois, comparar às diferentes realidades do Hoje - a violência extrema que continua presente perpetuamente sem que haja previsão de um fim ou, quanto muito, abrandamento. O que é que, com a experiência registada, se aprende ou não se quer aprender?


Ensaios
Junho de 2011
164 páginas 
Gradiva 

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Li este livro porque vi muito boas opiniões de pessoas com gostos literários semelhantes aos meus. Fiquei bastante curiosa porque a premissa engloba Shakespeare e, embora seja ficção, cativou-me bastante pelo tema em si - o luto e tudo o que ele envolve, a violência que está na vida de algumas pessoas, a dor e o sofrimento humanos.

Pegando nos limitados factos existentes (pouco mais do que os nomes e datas de nascimento e óbito), Maggie O’Farrell narra uma ficção bordada em tons cinzentos, depois negros e escuros sobre Hamnet, filho de Shakespeare, que vem a falecer aos onze anos e cujo nome foi homenageado pelo pai em “Hamlet”. Certamente que agora terei de me debruçar sobre essa obra, tal foi o choque que levei daqui. 

A narrativa está tão bem construída, o enredo tão bem engendrado com personagens tão credíveis que nos vemos inseridos no meio da acção, ali a sentir as dores de coração que uma mãe, uma irmã, uma gémea e um pai podem sentir, a tentar imaginar como é possível viver e seguir em frente depois de uma tragédia tão intensa. A dor impossível de uma mãe que amortalha o próprio filho, que mesmo depois de todos os esforços perde a luz.

Ao longo dos capítulos senti que havia suaves traços de maus presságios em relação ao futuro, como a máscara do médico penetrante no olhar de Hamnet que o assombra interiormente ou o facto de o avô o apanhar pela primeira vez de mão cerrada. O golpe por cima do olho constantemente referido como leve e rápida preocupação para logo dar lugar a uma intensa dor e revolta.

A autora tem uma capacidade inexplicável para contar uma história do príncipio até ao fim sem nunca refererir o nome de Shakespeare, sem que isso afectasse o entendimento do enredo ou da narrativa em si. Como?

Gostei mesmo muito da forma como esta obra foi construída. Parei várias vezes a leitura, especialmente depois da primeira metade do livro, para respirar fundo, para enxugar os olhos.

𝚁𝚘𝚖𝚊𝚗𝚌𝚎
Maio de 2021
320 𝚙á𝚐𝚒𝚗𝚊𝚜
Relógio d'Água 


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Vou estando sempre mais pelo Instagram do que por aqui, mas continuo a ler-vos, de tempos em tempos, por estes lados também!



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