Há um certo e misterioso encanto nos livros mais antigos: a história que está por trás de cada um desses objectos místicos, as rugas dos rostos que já os leram, as mãos que já lhes pegaram, as vidas que por eles já passaram, os nomes e os apelidos de quem lhes pertenceu. Porque nós é que pertencemos aos livros e não o contrário.
Nós é que caímos nas suas páginas em jeito de salvação. Nós é que nos agarramos às suas histórias como que a uma bóia, fugindo do afogamento que é a ignorância e algumas das porções de realidades.
Nós é que, nas vicissitudes que a vida e a morte nos trazem, pertencemos inevitavelmente aos livros, a todos os livros, mas a uma una história - a do (Uni)Verso.
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Ilustração retirada do Pinterest. |
Há pessoas que nos despem a alma, que conseguem perceber quem somos e o porquê de o sermos! Há pessoas que, quando nos agarram as mãos com a sua vida e o seu sorriso, nos fazem sentir amados, únicos e úteis neste mundo. A sensação de pertencer a algum lado. Há olhares que nos ficam gravados em pedaços de memória e que nos chegam ao mais profundo do nosso interior. Há sorrisos que nos fazem sorrir! E esses, querida amiga, são aqueles que nos fazem voar nas asas de um sonho, são de quem não conseguimos viver com a sua ausência, são os sorrisos delas e são também a nossa vida!
Há amor que não se confunde e há pessoas que amamos verdadeiramente, não havendo qualquer dúvida disso. Há actos que não se explicam, e outros que simplesmente completam o sentido das palavras únicas do mundo que são cuidadosamente escolhidas por quem as declama, como num poema de amor cantado nos crepúsculos e nas auroras frescas em cima de um terraço. Há alegria que é causada pelos momentos e há felicidade que é criada pelas pessoas inesquecíveis.
Daria, sem margem de dúvida, a minha vida por pessoas assim, pelas pessoas que me fazem sentir amada, mas mais importante, pelas que amo!