Imagem do desafio. |
Para celebrar o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor, a Andreia, do blogue As gavetas da minha casa encantada, lançou um desafio maravilhoso mas, ao mesmo tempo, difícil de responder. Muito difícil! Agradeço desde já o convite ao mesmo e tenho a certeza que todos gostaremos de fazê-lo porque falar de livros nunca é desagradável 💖
Desde muito cedo que comecei a gostar de letras, de ler e de escrever pequenos textos. Com o decorrer dos anos, o gosto foi aumentando e a quantidade e diversidade de livros também. Leio bastante, mas não sou uma pessoa que lê 100 livros por ano. Não costumava contabilizar o que lia, até há muito pouco tempo. Estabeleço uma meta anual e tento atingi-la porque faz sentido, mas sem pressão alguma. Leio por gosto, por amor às Letras, nunca para dizer que já li este ou aquele livro. Faz-me sentido ler com calma, ler comigo inteira imersa na leitura e perceber ou, pelo menos tentar, em casos mais rebuscados, aquilo que se escreve.
Há livros que se lêem num abrir e fechar de olhos e há outros cujo fim parece chegar apenas depois de um mês ou dois. Depois, há também aqueles que, por alguma razão, não conseguimos continuar/acabar, muitas vezes por não despertar o nosso particular interesse. Raramente me acontece (também porque sou muito selectiva em relação aos livros que quero incluir na minha biblioteca), mas é possível isso acontecer mais vezes do que o desejado. Não sei o que é correcto fazer nessas situações, no entanto sou da opinião de que não devemos continuar a ler se não nos está a despertar prazer ou qualquer interesse. Estaremos, inconscientemente, a relacionar a leitura a algo aborrecido, monótono, coisa que definitivamente não é. Cada um tem os seus interesses literários e, como tal, deve adequar os livros que lê a esses mesmos gostos pessoais, caso contrário ler será sempre, para essas pessoas, uma espécie de tarefa que se deve cumprir simplesmente porque sim, sem retirar qualquer benefício daí. E o objectivo, o fim máximo da leitura, certamente não é esse.
Vamos então ao que interessa – ao DESAFIO.
Ora bem… mudo de casa. E na minha estante só tenho espaço para ter 4 autores e 3 livros. Andreia, sabes que esta decisão é muito complicada, não sabes? 😊
4 Autores
Nesta fase, os nomes que levarei comigo são todos portugueses, não só porque a maioria dos livros que leio são originais na nossa linda Língua Portuguesa, mas também porque nem sempre há traduções fiéis de obras estrangeiras que são majestosas. Cheguei a ler obras em Inglês, mas nunca é tão mágico como lê-las em Português. Além disso, todos nós sabemos que cada língua tem particularidades e nem sempre são facilmente traduzíveis.
1. Sophia de Mello Breyner
A questão nem se coloca. Seja poesia, sejam obras infantis, levava Sofia no meu coração para qualquer lado que fosse. As suas palavras têm a frescura das pedras antigas da Grécia e aquele aroma das ondas, a maresia.
2. José Luís Peixoto
Foi talvez o primeiro autor português que me despertou o amor pela escrita em prosa. Como muita gente, o primeiro livro que li dele foi Morreste-me e fiquei de tal modo presa que li, logo de seguida Cal, Uma Casa na Escuridão, Livro e Abraço. E nenhum deles desiludiu.
3. Afonso Cruz
Para além de escritor, é músico, ilustrador e fabrica a sua própria cerveja no Alentejo, onde vive. Penso que não me estou a esquecer de nada, pois este senhor parece fazer de tudo um pouco e desde que o conheci na minha escola secundária que fiquei muito curiosa com todas as suas obras. Li apenas 3, mas quero ler as restantes que já nasceram. Tem uma escrita bonita, simples, mas complexa (acho que percebem o que quero dizer).
4. Mia Couto
Pela magia que faz com palavras em jogos bonitos de se ouvir. Ler Mia Couto em voz alta é delicioso. Usa a oralidade, a sonoridade, para inventar palavras, misturar duas ou mais e criar uma miscelânea de vocabulário enternecedor.
3 Livros
1. A morte de Ivan Ilitch, de Tolstoi (VER AQUI)
2. Crime e Castigo, de Fiódor Dostoievski (VER AQUI)
3. Ensaio sobre a Cegueira, de José Saramago (VER AQUI)
Para acompanhar a leitura
Hum… um chá ou um café no Inverno e uma limonada no Verão. Um dicionário, um lápis de carvão, marcador de livro e marcadores autocolantes.
Sublinhar livros?
Sim, mas a lápis de carvão, muito levezinho e se e só se o livro for meu.
Uma personagem para tomar café
Vai parecer clichê, mas que se danem os clichês… era mesmo o que eu queria – Hermione Granger.
Team marcador de livro ou qualquer coisa serve para marcar a página?
Marcador de livro, claro, não sou nenhuma assassina!!!
Um livro para reler
O Principezinho, sempre, em qualquer idade.
Um livro que me acompanha da infância
Colecção de clássicos da Disney e Colecção da Carolina
Na mesa de cabeceira, tenho…
- Rumo ao Farol, de Virginia Woolf
- Vidas Escritas, de Javier Marías
- Gostaria de Morrer Naquela Noite, de Fernando Chiotte
Lista de Leitores convidados:
Beatriz Sousa: https://suspirosdabea.blogspot.com/
Rita Correia: https://the-choice-26.blogspot.com/
Sofia Costa Lima: https://asofiaworld.com/
Carolayne Ramos: https://imperiumblog.com/
Os Devaneios da Tim: https://osdevaneiosdatim.pt/
Ana Ribeiro: https://escreviverbyanaribeiro.wordpress.com/
Ângela: http://arrblogs.blogspot.com/
Sandra Cavaleiro: http://momdescomplicada.pt/
Carolina Ferreira: https://o-bem-me-quer.blogspot.com/
Cherry: https://www.lifeofcherry.pt/
Andreia Moita: https://andreiamoita.pt/
Beatriz: https://masbeatriz.blogspot.com/
Rita da Nova: https://ritadanova.blogs.sapo.pt/
Ana Garcês: https://infinitomaisum.com/
Matilde Ferreira: https://matildeferreira.co.uk/author/admin/